Um clima de tensão se instaurou na região de Itapetinga e Potiraguá, no sul da Bahia, neste domingo (21), quando um grupo de fazendeiros decidiu se unir formando uma espécie de "cinturão" com veículos nas estradas de acesso às fazendas.
O objetivo era conter uma anunciada invasão de terras por supostos indígenas do sul do estado. A polícia militar foi acionada e está acompanhando de perto a movimentação, sem intervir até o momento. Embora haja relatos de invasões, não há confirmação oficial.
Informações indicam que, desde a noite de sábado (20), uma propriedade estaria sendo ocupada por supostos indígenas, o que teria provocado a reação de um grupo denominado "Invasão Zero". Nas redes sociais, esse grupo alega estar unido para expulsar "invasores que se intitulam indígenas e que teriam invadido a fazenda do senhor Américo Almeida".
Testemunhas relatam que, apesar de não ter havido confronto direto, a situação é tensa, especialmente nas imediações da ponte sobre o rio Pardo, que dá acesso à BR-101 rumo ao litoral do extremo sul da Bahia.
A intenção do grupo de supostos invasores seria ocupar terras consideradas improdutivas na região, com foco em propriedades pertencentes à família do ex-deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima. A ação teve início no sábado, quando o grupo invadiu a fazenda do pecuarista Américo Almeida, situada em frente à propriedade de Geddel, em Potiraguá.
Vale destacar que essa não é a primeira vez que a fazenda do ex-ministro é alvo de invasões. Em 2017, o mesmo grupo alegou que o local era sagrado para o povo indígena por abrigar pelo menos três cemitérios. A situação atual alimenta a tensão na região, enquanto as autoridades policiais monitoram atentamente os desdobramentos do conflito."
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