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Retinoblastoma: pais podem identificar sinais de câncer ocular em crianças

A Doença pode apresentar sinais na criança até os 6 anos de idade

Por Neuza em 26/10/2018 às 12:41

Eunápolis, outubro de 2018 – Apesar de ser uma doença rara e pouco conhecida, o retinoblastoma é um tipo de tumor ocular maligno que se origina na retina, ocorrendo na maioria dos casos na infância. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a cada 20 mil crianças nascidas, uma é acometida pela doença. Em grande parte dos casos o diagnóstico é feito abaixo dos 4 anos de idade ou, com menor frequência, até os 6 anos não apresentando predisposição para sexo ou raça.

O desconhecimento se torna um fator negativo para o diagnóstico precoce, como explica Laura Yamagata, oftalmologista especialista em retina da DayHORC – empresa que compõe o grupo Opty em Eunápolis. “O retinoblastoma corresponde de 2 a 4% dos tumores malignos oculares mais frequente na infância. Porém, ainda se fala pouco sobre doenças oculares em crianças. Além disso, há outro desafio: o retinoblastoma, em princípio, apresenta pouco ou nenhum sintoma. Dessa forma, o desconhecimento sobre a doença, possíveis sinais e sintomas acabam retardando o diagnóstico”, explicou.

Pais ou responsáveis são os principais colaboradores para a descoberta da doença em seu estágio inicial. Entre os principais sinais de alerta estão a leucocoria, que forma um reflexo branco na pupila, muitas vezes só percebido em fotografias ou sob a luz natural; e o estrabismo, que consiste no desalinhamento dos olhos. Outros sintomas da doença menos comuns são a vermelhidão na parte branca do olho, sangramento no olho, cor diferente em cada olho da criança, não contração da pupila quando exposta à luz e a proptose, que é o deslocamento do olho para frente.

 

Para a especialista em retina, a doença pode ser classificada como esporádica ou hereditária. “O retinoblastoma na forma esporádica é unilateral, afeta apenas um olho e corresponde de 60% a 70 % dos casos. Na forma hereditária, pode ter o comprometimento de um ou de ambos os olhos, correspondendo de 30% a 40% dos registros da doença”. O retinoblastoma não é adquirido, a criança já nasce com disposição à doença, por isso a importância do Teste do Olhinho logo nos primeiros dias de vida e acompanhamento oftalmológico regularmente.

 

Os avanços na forma de diagnosticar a doença e tratamento evoluíram muito nos últimos anos, aumentando os índices de cura e preservação da visão da criança. “O tratamento do retinoblastoma depende da extensão do tumor, se está apenas dentro do olho (intraocular), atingindo o nervo óptico ou mácula, ou se acomete ambos os olhos, apresentando metástases ou não. Quanto mais cedo esse diagnóstico é fechado, menos agressivo, e os resultados são melhores. A sobrevida para pacientes com retinoblastoma tem melhorado muito nos últimos anos, devido às opções terapêuticas aliadas ao diagnóstico precoce”, finalizou a especialista do Grupo Opty.

Fonte: Clicia Marinho

Tags:   Eunápolis retinoblastoma criança câncer olhos
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