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ONG global atua na prevenção e combate à violência contra mulher

Ações buscam proteger a infância e fortalecer vínculos familiares; iniciativas também promovem conscientização de homens acusados de praticar violência

Por Neuza em 18/11/2019 às 15:18




Com o objetivo de alertar a sociedade sobre situações recorrentes de violência doméstica, o dia 25 de novembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher. Levando em conta os índices alarmantes, a Organização Humanitária Internacional Aldeias Infantis SOS Brasil, líder em cuidado infantil e que apoia famílias no Brasil há mais de 50 anos, atua à frente no combate para que as mulheres saibam identificar, se proteger e denunciar.

Dados do Ministério da Saúde apontam que uma mulher é agredida a cada quatro minutos no país. Em 2016, cerca de 1,6 milhão de mulheres foram vítimas de agressão, enquanto 22 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de assédio. Dentro de casa, o cenário é ainda mais agravante. Dos casos de violência, 42% ocorreram em ambiente doméstico. Apesar do aumento no número de registros, mais da metade das mulheres, cerca de 52%, não denunciou o agressor ou procurou ajuda.

Eliane de Jesus Pinto, psicóloga da Aldeias Infantis, explica que o trato da mãe com o filho pode sofrer alterações em contextos de violência. “O abandono afetivo é comum de acontecer, uma vez que o parceiro agressor comete a violência psicológica, induzindo a vítima a negligenciar cuidados ao filho. Com isso, se torna frequente a omissão da mãe na criação e na educação, além da falta de assistência moral, psíquica e social”.

A atuação da Organização se estende ao combate à violência doméstica por meio de rodas de conversa, ações para o fortalecimento de vínculos, capacitação profissional para a independência financeira e encaminhamento para os órgãos responsáveis, buscando garantir a reestruturação e desenvolvimento das vítimas. O acolhimento dessas mulheres pela Organização busca prevenir também o rompimento do cuidado parental.

No Paraná, o projeto “Cultivando o Cuidado” atua na assistência e empoderamento de mulheres que sofreram violência doméstica. Em Lauro de Freitas, na Bahia, o projeto “Cuidar” já atendeu, desde maio de 2018, mais de 25 famílias com incidentes de violência contra a mulher. Já em São Paulo, o “Flores de Ipê”, projeto iniciado em novembro do ano passado, atende 12 mulheres em rodas de conversa para a discussão sobre a vivência delas. “Por meio do diálogo, as participantes saem fortalecidas e ganham confiança para buscar alternativas e romper o ciclo de violência”, explica Eliane.

A conscientização de homens acusados de agressão também faz parte da resolução da problemática. Em Araçoiaba, no Pernambuco, além do acolhimento para mulheres, a Aldeias Infantis promove rodas de conversa para a debater questões de afeto e comportamento com homens encaminhados pelo Conselho Tutelar.

Em pouco mais de três anos, 85% das mulheres participantes conseguiram sair da situação de violência e 75% dos homens afirmaram que melhoraram suas relações com a família. Por meio das ações, 70% das mulheres e 30% dos homens ainda voltaram a estudar.



Fonte: Daniele Rodrigues

Tags:   Violência contra a mulher prevenção ONG Global
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