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Desmistificando a candidíase: mitos e verdades sobre a doença que afeta 75% das brasileiras

Alteração hormonal, uso de roupas apertadas e/ou molhadas por longo período, além do estresse são alguns dos motivos para o aparecimento da infecção vaginal que tem fácil tratamento e prevenção

Por Neuza em 21/07/2021 às 07:57

Grande parte das mulheres já teve ou terá um episódio de candidíase na vida. A doença é uma das maiores reclamações de pacientes nos consultórios ginecológicos – afetando 75% das brasileiras, de acordo com a Associação de Obstetrícia e Ginecologista do Estado de São Paulo (Sogesp) – principalmente por causa da coceira e da secreção branca ou amarelada que provoca.

A candidíase ainda gera muitas dúvidas, principalmente sobre os motivos para seu aparecimento. “Apesar de não ser considerada uma doença sexualmente transmissível, pode se manifestar logo após uma relação sexual”, explica a ginecologista, Dra. Renata Zito (CRM 78.391). Segundo ela, a infecção é muito comum em mulheres, mas também pode acometer homens, especialmente nos genitais.

Estima-se que a candidíase vaginal é uma infecção que acomete entre 3 e 4 mulheres a partir do primeiro ciclo menstrual. Causada pelo fungo Candida albicans, que se aloja comumente na área genital, provocando coceira, secreção e inflamação, pode ser causada por diversos fatores locais, como umidade e calor excessivo,  e sistêmicos,  como alimentação inadequada, sono desregulado, alto índice de estresse, imunidade baixa, alterações hormonais e uso prolongado de alguns medicamentos.

Com a mudança brusca da rotina na vida e no trabalho das pessoas, ausência de sociabilidade e outros, é comum o desenvolvimento de infecções fúngicas, como a candidíase, uma vez que o estresse gerado pelas novas condições é capaz de diminuir a resposta do sistema imune para defender o organismo.

Também ficar com roupa molhada, biquini, por exemplo, estimula a proliferação do fungo e o aparecimento da infecção na flora vaginal. Roupas apertadas também provocam a umidade e calor da região e levam à candidíase, por isso, opte por tecidos mais leves e que permitam a respiração local, como o algodão.

 

Algumas dicas da Dra. Renata Zito para você fugir da candidíase:

  • Lavar e secar bem a região íntima antes de dormir;
  • Utilizar roupa pouco apertada e de algodão;
  • Dar preferência para a ingestão de probióticos e lactobacillus, como iogurte;
  • Dormir sem calcinha;
  • Fazer a higiene íntima com gel vaginal com PH entre 3,8 e 4,5, evitando todos os produtos e sabonetes com químicos.

 

O TRATAMENTO

A candidíase genital pode afetar tanto o homem como a mulher mas seu tratamento é semelhante e feito com pomadas antifúngicas em ambos os casos, como Candicort ou Fluconazol, que devem ser aplicadas 2 a 3 vezes por dia entre 3 até 14 dias de acordo com a indicação do médico.

É ainda recomendado:

  • Usar roupa íntima de algodão, pois permitem que a pele respire;
  • Lavar a região genital somente com água e sabonete neutro ou sabonete próprio para a região;
  • Dormir sem roupa íntima, sempre que possível;
  • Evitar absorventes internos;
  • Evitar ter contacto intimo desprotegido durante o tempo de tratamento.

Estes recomendações ajudam a acelerar o tratamento, no entanto, também se pode proceder à lavagem dos órgãos genitais com chá de folhas de barbatimão ou outro remédio caseiro para completar o tratamento. Veja alguns exemplos de remédios caseiros para candidíase.

Além de tudo isso, fazer uma alimentação pobre em açúcar também ajuda o organismo a combater mais facilmente o crescimento dos fungos, curando a candidíase mais rápido.

No caso de os sintomas não desaparecem após 2 semanas, é aconselhado voltar ao médico pois pode ser necessário iniciar o tratamento com comprimidos antifúngicos, que ajudam a combater a infecção desde o interior do corpo, atingindo melhores resultados do que só com as pomadas.

Fonte: Claudia Moreira

Tags:   Infecção vaginal
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