Os influenciadores Igor de Oliveira Viana e sua esposa estão sendo investigados por suspeita de maus-tratos contra sua filha com paralisia cerebral. A delegada responsável pelo caso informou que o casal fingia brigas nas redes sociais para comover seus seguidores e aumentar o engajamento em suas publicações.
De acordo com a polícia, os pais da menina se separaram amigavelmente há cerca de um mês. No entanto, apesar da separação tranquila, os dois continuavam a criar um cenário de conflito nas redes sociais, simulando uma relação conturbada para atrair a atenção e a compaixão do público.
Em uma reportagem publicada pelo G1, Igor de Oliveira Viana foi gravado chamando seus seguidores de "trouxa" e referindo-se à própria filha como "chata", o que gerou indignação entre os internautas e levantou suspeitas sobre a veracidade de suas postagens e o tratamento dado à criança.
"Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano", falou Igor.
"Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta", finalizou.
Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar retirou a menina de casa e a levou para a casa da avó paterna. No boletim de ocorrência, consta que, durante a ação de retirada da menina, Igor se comportou de forma debochada, fazendo piadas e observações de mau gosto.
"Ele debochou muito, dizendo que graças a mim agora ele vai ficar mais famoso do que ele já é. Chegou a fazer caretas imitando a criança. Foi de um absurdo tão grande que me revoltou de uma forma que eu não sei nem explicar a indignação que eu senti", lamentou a conselheira Grazielle Ramos.
As autoridades estão investigando as alegações de maus-tratos e a manipulação emocional dos seguidores. A situação provocou uma onda de repúdio nas redes sociais, com muitos exigindo justiça e proteção para a criança.
A delegada destacou a importância de verificar a autenticidade das informações compartilhadas por influenciadores e alertou sobre os perigos de acreditar cegamente em conteúdos manipulados para gerar engajamento. As investigações continuam, e a polícia está empenhada em garantir a segurança e o bem-estar da menina.