Na manhã desta última quinta-feira, 23 de janeiro, a Polícia Civil de Itamaraju cumpriu quatro mandados de prisão preventiva no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, relacionados ao homicídio da adolescente Weslainy de Jesus Santana, de 17 anos. A jovem foi morta por afogamento no Rio Jucuruçu, no bairro Liberdade, em Itamaraju.
O corpo de Weslainy foi encontrado no dia 15 de agosto de 2024, flutuando no Rio Jucuruçu, após estar desaparecida desde 10 de agosto do mesmo ano. Inicialmente tratado como um caso de afogamento, o episódio passou a ser investigado como homicídio. As diligências realizadas pela Polícia Civil identificaram a participação de Ronald Goncalves Guimaraes de 18 anos como executor do crime, com o apoio de um menor de 15 anos, que agiu como cúmplice.
Conforme apontaram as investigações, Weslainy foi atraída pelo menor de 15 anos. ao local onde Ronald a aguardava. Lá, a vítima foi submetida a uma emboscada e esganada. Em tentativa de fuga pela trilha que dava acesso ao rio, Weslainy foi alcançada por Ronald., que a afogou, consumando o homicídio.
No dia 2 de dezembro de 2024, Ronald foi preso por força de um mandado de prisão preventiva, em uma operação da Polícia Civil de Itamaraju com apoio do CATTI/SUL da 8ª COORPIN e da 43ª CIPM. O mandado estava relacionado a uma tentativa de homicídio cometida contra um homem de 64 anos, no bairro Itatiaia, em Itamaraju.
Além disso, a Polícia Civil representou pela busca e apreensão da menor., que foi realizada em 12 de dezembro de 2024. A menor foi apresentada ao Ministério Público para as medidas cabíveis.
As investigações revelaram que Weslainy foi vítima de um "tribunal do crime". Desdobramentos do caso indicaram o envolvimento de outros indivíduos em sua morte. No local da emboscada, Caique dos Santos Silva de 19 anos, estava com um aparelho celular e realizou uma chamada de vídeo com dois detentos do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. De dentro da unidade prisional, Kauan Barboza Barreto, de 21 anos e Carlos da Conceicao Cabral, de 22 anos, apontados como lideranças do tráfico de drogas em Itamaraju, conversaram com a vítima e determinaram sua execução.
Carlos havia sido preso em flagrante por tráfico de drogas em novembro de 2024. Com isso, todos os quatro maiores envolvidos no crime já estavam detidos no Conjunto Penal, onde os mandados de prisão preventiva foram cumpridos.
A motivação do crime foi apurada como retaliação contra Weslainy, acusada de repassar informações às autoridades sobre atividades de traficantes de drogas na região.
Com o cumprimento das ordens judiciais e o encerramento das investigações, o inquérito policial foi remetido à Vara Crime da Comarca de Itamaraju, e os envolvidos permanecem à disposição da Justiça.
