Foto: PRF

Em uma ação considerada histórica, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, nesta segunda-feira (4), 103 quilos de ouro escondidos no interior de uma caminhonete de luxo, durante uma abordagem na BR-401, nas proximidades da ponte dos Macuxis, em Boa Vista, capital de Roraima.

A carga, avaliada em mais de R$ 61 milhões, representa a maior apreensão de ouro já registrada pela PRF no Brasil e faz parte da estratégia do Governo Federal para desarticular rotas clandestinas de transporte de minérios e combater o garimpo ilegal, especialmente em áreas sensíveis da região Norte, como territórios indígenas.

Segundo informações da PRF, o ouro estava dividido em mais de 100 barras maciças, cuidadosamente escondidas dentro do painel de uma Toyota Hilux 2024. O veículo era conduzido por um homem de 30 anos, que viajava acompanhado da esposa e de um bebê. A presença da família, segundo os agentes, parecia fazer parte de uma tentativa de despistar a fiscalização.

Durante a abordagem, os policiais identificaram inconsistências na documentação do veículo, que não estava registrada no nome do condutor. A suspeita levou a uma vistoria mais detalhada, quando uma pequena quantidade de ouro foi localizada inicialmente. Ao aprofundarem a inspeção, os agentes encontraram o restante da carga escondida com sofisticadas técnicas de ocultação.

O homem foi detido em flagrante e conduzido à sede da Polícia Federal, que ficará responsável pela investigação do caso. A PF busca agora identificar a origem exata do minério, os envolvidos na cadeia de transporte e o destino final da carga, que, segundo as primeiras apurações, seria possivelmente a Venezuela ou a Guiana.

A operação contou com o apoio da Casa de Governo e reforça a articulação entre órgãos federais no combate à mineração ilegal e à exploração de recursos naturais em áreas protegidas.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública declarou que a ação “é um exemplo da eficácia das estratégias de fiscalização integrada e do compromisso do Governo Federal com a preservação ambiental e a defesa dos povos originários”.

O ouro apreendido permanecerá sob custódia da Polícia Federal até a conclusão das investigações. O caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público Federal, que avaliará as medidas legais cabíveis contra os envolvidos.