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Pesquisadora baiana lidera estudo inédito sobre tuberculose em comunidades indígenas da Amazônia

Dra. Beatriz Duarte coordena um dos maiores inquéritos epidemiológicos sobre tuberculose já realizados em populações indígenas no país

Por Neuza em 02/09/2025 às 13:07

Pesquisadora baiana lidera estudo inédito sobre tuberculose em comunidades indígenas da Amazônia

Mudar a vida das pessoas através da pesquisa médica. Esse é um dos principais objetivos da jovem médica e pesquisadora, dra. Beatriz Duarte. Com apenas 28 anos, ela é professora da Medicina Zarns e fundadora do Instituto de Pesquisa em Populações Prioritárias (IRPP) e tem se destacado nacional e internacionalmente por sua atuação em saúde pública, doenças infecciosas e equidade em saúde. 

Autora de estudos publicados em periódicos como The Lancet Regional Health – Americas e Nature Microbiology, Beatriz direciona sua carreira ao enfrentamento de doenças como a tuberculose e o HIV, especialmente em comunidades vulneráveis.

Em Manaus, a pesquisadora coordena um inquérito epidemiológico pioneiro que já avaliou centenas de indígenas urbanos no Parque das Tribos e em aldeias da região do Tarumã Açu. A iniciativa, realizada em parceria com a Fiocruz, a Faculdade Zarns e instituições locais, alia radiografias portáteis com inteligência artificial e testes rápidos para rastrear casos de tuberculose ativa, subclínica e infecção latente. 

Pesquisadora baiana lidera estudo inédito sobre tuberculose em comunidades indígenas da Amazônia

Os resultados preliminares revelaram mais de 14 casos ativos de tuberculose e dezenas de infecções, além do mapeamento de coinfecções como HIV, sífilis e hepatites. Segundo Beatriz, a proposta vai além do diagnóstico clínico. “Estamos construindo evidências científicas que podem subsidiar políticas públicas mais eficazes, mas também garantimos cuidado imediato às pessoas atendidas. É a união de tecnologia, ciência de ponta e acolhimento humanizado para reduzir desigualdades históricas em saúde”, afirma.

A pesquisadora também lidera projetos em comunidades indígenas da Amazônia, presídios e áreas de vulnerabilidade social, reafirmando o propósito do IRPP: transformar ciência em ação social. Suas iniciativas integram assistência médica, formação prática de estudantes de saúde e geração de evidências científicas capazes de influenciar políticas públicas no Brasil.

Pesquisa científica como meio de transformação social 

A iniciativa em Manaus reforça o papel estratégico da pesquisa científica no enfrentamento de doenças negligenciadas e no fortalecimento da saúde pública brasileira. Ao levar diagnósticos de alta precisão e assistência médica a populações historicamente excluídas, o projeto contribui não apenas para melhorar a qualidade de vida das comunidades atendidas, mas também para a criação de modelos replicáveis de atenção em saúde que podem ser adotados em outras regiões do país.

Para a ciência, o estudo representa um marco de inovação, ao integrar tecnologias emergentes, como inteligência artificial aplicada a exames clínicos, com metodologias de campo adaptadas a contextos de vulnerabilidade. Esse modelo de pesquisa translacional, que transforma descobertas científicas em soluções práticas, fortalece a capacidade do Brasil de gerar conhecimento relevante e posiciona o país como referência internacional em saúde global, equidade e inovação médica.

Fonte: Bahiaextremosul/Ascom

Tags:   Bahia pesquisa tuberculose indígrenas Amazonas
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