Assim como está acontecendo no resto do mundo, desde 22 de março, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ordenou que fique em quarentena os 1,3 bilhão de pessoas da Índia. A medida é uma tentativa desesperada de tentar conter o contágio ao COVID-19.
Cerca de duas semanas após a imposição do bloqueio, a Índia foi surpreendida com um céu mais claro. A cordilheira de Dhauladhar, que faz parte de uma cadeia menor de montanhas do Himalaia, podia ser vista desde de Jalandhar, a 230 quilômetros de distância.
Centenas de pessoas ficaram impressionadas com uma visão extremamente rara e que não era observada desde a Segunda Guerra Mundial: os topos das montanhas do Himalaia.
Fotógrafos na Índia correram para seus telhados para capturar a cena, gerada pela falta de poluição do ar.
Poluição na Índia
A presença de partículas inaláveis constitui um dos problemas mais graves para a saúde pública. O tamanho destas partículas é um elemento crucial de avaliação da elaboração de relatórios de qualidade do ar ambiental.
As partículas inaláveis são definidas como as partículas com um diâmetro inferior a 10 µm, conhecidas como PM10. São estas as partículas consideradas como representantes do maior risco para a saúde pois elas conseguem penetrar profundamente nos pulmões.
O Conselho Central de Poluição da Índia afirmou que o toque de recolher nacional e o bloqueio de atividades desde 22 de março, resultaram em uma melhoria significativa na qualidade do ar no país. Somente em Nova Délhi, no geral, houve uma redução de até 44% no PM10 de 22 a 23 de março de 2020 em relação ao dia anterior.
A Índia, na maior parte do ano, registra índices cinco vezes mais alto (PM 2,5 maior que 100 mg / m3) do que o limite global de segurança.