Ao longo deste mês acontece o Novembro Azul, período de conscientização sobre o câncer de próstata. Mas um detalhe que nem todos os tutores de cães e gatos estão atentos é pets também correm o risco de desenvolver a doença.
De acordo com pesquisas na área de Oncologia Comparada, o câncer de próstata em humanos é mais frequente e os tumores são hormônio-dependentes. Já em cães e gatos representam menos de 1% dos tumores que acometem a espécie.
No entanto, são hormônio-independentes e mais agressivos, atingindo a parte óssea da próstata, da bexiga e outros órgãos. Segundo a veterinária Fernanda Loss, os sintomas aparecem apenas no estágio mais avançado da doença e, ainda assim, podem passar despercebidos pelos tutores.
"Um dos pontos de alerta é o animal mancar de uma pata traseira, o que é facilmente confundido com problemas ortopédicos. Além dele, outros sinais são: perda de apetite, dificuldade para urinar, ou até mesmo não urinar, presença de sangue na urina e dificuldade de defecar", pontua a especialista.
Castração dos pets
Ainda que não previna o câncer de próstata, a castração é o método mais efetivo na prevenção de doenças relacionadas, como cisto prostático, infecção na próstata, abscesso prostático e hiperplasia prostática benigna (HPB), caracterizada pelo aumento da próstata na idade mais avançada.
Desta forma, recomenda-se que gatos e cães pequenos sejam castrados por volta de 1 ano de vida. No caso dos de grande porte, o procedimento deve ser feito a partir dos 18 meses.
"A forma mais eficaz de identificar e tratar precocemente o câncer de próstata, e qualquer outro tipo de doença nos pets, é estabelecendo contato periódico com o médico veterinário", orienta Loss.
A médica explica que a saúde preventiva é fundamental para proporcionar mais qualidade de vida ao animal de estimação. No consultório, também é possível detectar os sinais do câncer de próstata e encontrar orientações seguras de como lidar com a doença.