Mais uma vida interrompida pela violência ligada ao tráfico de drogas. A juventude segue sendo a principal vítima de uma realidade marcada pelo abandono, exclusão e falta de oportunidades.

Na noite desta sexta-feira, 16 de maio, por volta das 23h, mais um crime violento chocou a comunidade de São José, no município de Alcobaça. Um jovem identificado como Jailton Paraíso da Conceição, de apenas 22 anos, foi assassinado a tiros na baixada do bairro Zezinho.

O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, e a investigação ficará a cargo da equipe do delegado Marco Antônio Neves. Ainda não há maiores informações sobre a dinâmica do crime, mas, de acordo com relatos, Jailton estaria envolvido com o tráfico de drogas — um cenário comum entre jovens que crescem à margem da sociedade.

Esse caso se soma a uma estatística alarmante que atinge o Brasil: milhares de jovens perdem a vida todos os anos em decorrência direta ou indireta do envolvimento com drogas e o crime organizado. De acordo com dados recentes, a faixa etária entre 15 e 29 anos representa mais da metade das vítimas de homicídios no país — um verdadeiro extermínio silencioso da juventude brasileira.

A morte de Jailton é mais do que uma tragédia individual — é um alerta. É reflexo da urgência de políticas públicas eficazes, voltadas para a prevenção, educação, cultura e geração de renda para jovens em áreas vulneráveis. Enquanto isso não for prioridade, comunidades como São José continuarão registrando cenas como essa: o luto precoce de famílias que veem seus filhos perdidos para o tráfico e a violência.

A sociedade precisa reagir. Precisamos cobrar mais do poder público e oferecer caminhos reais para que jovens como Jailton tenham alternativas antes de serem seduzidos ou cooptados pelo mundo do crime.