Ação acontecerá nesta próxima quarta-feira, 06/03, às 09h, no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília.
No mesmo dia, será retomado em sessão virtual, o julgamento do HC que pode livrar Fabio Schvartsman, ex-presidente da Vale, um dos 16 réus da ação penal pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Passados 5 anos do colapso, a abertura do processo da tragédia-crime da Vale ainda não tem data para acontecer.
A convite da Câmara dos Deputados, a AVABRUM (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Mina Córrego do Feijão-Brumadinho) participará, na próxima quarta-feira, 06/03, da Sessão Solene em homenagem às 272 vidas perdidas no colapso da barragem da Vale em Brumadinho. O evento acontecerá às 09h, no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília.
Como a justiça brasileira será lembrada?
No mesmo dia da homenagem, será retomado, em sessão virtual, o julgamento do habeas corpus que pode livrar Fabio Schvartsman, ex-presidente da Vale, um dos 16 réus da ação penal pelo rompimento da barragem em Brumadinho. O HC será analisado entre os dias 6 a 12 de março.
Mesmo com todas as evidências de cinco CPIs e das polícias civil mineira e federal de que Fabio Schvartsman, juntamente com outros 15 réus, sabiam do risco do rompimento da barragem em Brumadinho, e nada fizeram, no último dia 13 de dezembro, o relator do processo, Flávio Boson Gambogi, deu parecer favorável ao ex-CEO.
Provas não faltam, foi crime!
“Esta homenagem significa um grito de alerta e de memória para todos os brasileiros. Na ‘Casa do Povo’, como é o Legislativo, nós vamos lembrar da perda de 272 vidas humanas por absoluta negligência, omissão e intenção de matar. É também uma oportunidade para sensibilizar o Judiciário de que a causa da justiça tem pressa porque a impunidade é um mal a ser extirpado na sociedade brasileira. Confiamos no julgamento que será iniciado, que a Justiça mantenha o ex-presidente da Vale no processo criminal. Provas não faltam. Agora é a vez do Judiciário cumprir o papel que a sociedade espera. Nós estamos aguardando há 5 anos e 2 meses pelo andamento da ação criminal e pedimos celeridade. Passados todos esses anos, muitos familiares já morreram, e nada da justiça ser feita”, disse Alexandra Andrade, que, além do irmão Sandro Andrade Gonçalves, perdeu o primo, Marlon Rodrigues Gonçalves na tragédia-crime da Vale.