Foto Ilutrativa/ Reprodução
Dois policiais militares foram presos na Bahia sob a acusação de extorquir um comerciante mediante ameaças de morte. A operação foi conduzida pela Delegacia Especializada Antissequestro (DAS) do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). Após a conclusão do inquérito policial, foram decretados dois mandados de prisão preventiva contra os suspeitos.
Os policiais se apresentaram na DAS e foram posteriormente transferidos para o Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, cidade localizada na Região Metropolitana de Salvador, onde permanecem à disposição da Justiça.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2022. Na ocasião, o comerciante estava em seu carro quando foi abordado pelos suspeitos, que se identificaram como agentes do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco). Desconfiado, o comerciante se recusou a sair do veículo ou a abrir as janelas, o que levou os policiais a começarem a bater no carro e a exibirem uma arma.
Sob a ameaça de que atirariam caso não abrisse a porta, a vítima permitiu a entrada dos policiais no veículo. Eles então retiraram o comerciante do carro e estacionaram o veículo no meio-fio, próximo a uma farmácia. Sob violência e ameaças de morte, os investigados tentaram colocar a vítima em outro carro e afirmaram que o celular dela estava grampeado, ameaçando levar o aparelho para a Central de Flagrantes.
Quando a vítima questionou quais conteúdos seriam levados e se ofereceu para se apresentar na delegacia, os policiais continuaram com as ameaças e passaram a exigir dinheiro para sua libertação. Segundo uma matéria publicada pelo G1/BA, diante da negativa em obter os valores exigidos, os suspeitos realizaram transações via cartão de crédito em duas maquinetas que trouxeram ao local.
Após isso, os policiais levaram a vítima de volta ao local onde haviam estacionado o carro dela e a liberaram, "alertando-a de que ela ainda 'devia' e que retornariam para pegar o restante do dinheiro".
As investigações da DAS e do DEIC resultaram na prisão dos policiais, que agora aguardam os desdobramentos judiciais no Batalhão de Choque da Polícia Militar em Lauro de Freitas.