Nesta terça-feira, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data, estabelecida em 2007, tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas afetadas por esta síndrome neuropsiquiátrica. Os transtornos do espectro autista (TEA), como o próprio nome diz, englobam uma série de diferentes apresentações do quadro, que têm em comum:
- Inabilidade para interagir socialmente
- Dificuldade no domínio da linguagem para se comunicar ou lidar com jogos simbólicos
- Padrão de comportamento restritivo e competitivo.
O autismo é uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no comportamento do indivíduo. Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas.
Segundo o Dr. Estevão Vadasz, existe uma série de graus de autismo, a intensidade dos sintomas pode variar. “A criança no extremo do espectro tem seu comportamento bastante comprometido, enquanto a pessoa de grau leve pode ser extremamente brilhante”, diz o especialista. As dificuldades residem, sobretudo, na falta de profissionais preparados para lidar com os transtornos.
“O diagnóstico e tratamento precoces, com a criança de até um ano e meio, é o grande salto nos países desenvolvidos”, afirma o médio. As dificuldades residem, sobretudo, na falta de profissionais preparados para lidar com os transtornos.
No Brasil, existem cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil casos só no Estado de São Paulo. Apesar do número elevado de portadores da doença, foi apenas em 1993 que a síndrome foi adicionada à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde.
Ainda nos dias de hoje, o diagnóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é capaz de afirmar com precisão a incidência da síndrome.
Atualmente, um dos tratamentos mais seguros no que tange ao autismo é o uso de Terapia Comportamental (TC). “É o único tratamento baseado em evidência científica”, afirma Martha Hubner, professora do Instituto de Psicologia (IP) da USP
Em Teixeira, a Família Autista do Extremo Sul, um grupo de pais e mães de crianças e adolescentes autistas, realizam ações vários locais da cidade para conscientizar a população sobre a necessidade de inclusão e acolhimento da criança portadora da doença.