O município de Iguatu, no Ceará, tornou-se o centro das atenções após Eliomar Cardoso, candidato a vereador nas eleições municipais, confessar ter encenado o próprio sequestro. O caso, que ocorreu na última sexta-feira, dia 30, durante um ato de campanha, foi apresentado inicialmente como um sequestro real supostamente realizado por uma facção criminosa.
No entanto, uma investigação detalhada conduzida pela Polícia Federal revelou que tudo não passava de uma farsa. Desde o início, as autoridades notaram inconsistências no relato de Cardoso, o que levou a uma investigação mais profunda e, finalmente, à confissão do candidato. Cardoso admitiu que havia forjado o sequestro na tentativa de obter visibilidade e angariar apoio eleitoral, estratégia que resultou em um efeito oposto ao esperado.
A notícia do suposto sequestro espalhou-se rapidamente, alimentada por informações falsas que circularam pelas redes sociais e pela mídia local, aumentando o clima de insegurança entre os cidadãos de Iguatu. No entanto, a descoberta da farsa não apenas prejudicou a imagem de Cardoso, mas também gerou indignação entre os eleitores e a comunidade em geral.
Em seu depoimento, Eliomar Cardoso reconheceu ter encenado o sequestro como um último recurso para tentar alavancar sua candidatura, que não estava obtendo o retorno desejado. Agora, ele enfrenta consequências legais, já que será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme prevê o Código Penal Brasileiro.
A Polícia Federal, em nota oficial, ressaltou a gravidade do caso e destacou que "a propagação de informações falsas não apenas confunde a opinião pública, mas também compromete a segurança e a credibilidade das instituições". A corporação garantiu que casos similares serão tratados com a devida seriedade para preservar a integridade do processo eleitoral e a confiança da sociedade.