A Prefeitura de São Paulo anunciou, na tarde desta sexta-feira, o adiamento do Carnaval de 2021. O prefeito Bruno Covas fez o anúncio que os blocos de rua e os desfiles das escolas de samba deverão acontecer apenas em maio ou julho, mas ainda não há datas definidas. Na semana passada, Covas já havia suspendido as celebrações do Réveillon na Avenida Paulista, também por causa da doença.
Outros eventos, como a Marcha para Jesus e a Parada do Orgulho LGBT+, também foram cancelados. A Marcha havia sido adiada para novembro, mas segundo Covas os organizadores desistiram da ideia.
O prefeito fez o anúncio no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, ao lado do governador João Doria (PSDB), enquanto os dois conduziam uma entrevista coletiva para dar informes sobre a situação da pandemia no Estado. A prova da Fórmula 1 na cidade teve o cancelamento confirmado nesta sexta.
"Apesar de a cidade sempre estar evoluindo no Plano São Paulo, ainda estamos enfrentando a pandemia", disse Covas. "Tanto as escolas de samba quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade da realização do Carnaval em fevereiro", disse o prefeito.
O Carnaval deste ano ocorreu às vésperas da chegada da pandemia na capital. Em 2020, segundo dados da Prefeitura, o público (flutuante) dos blocos de rua chegou a uma soma de 15 milhões de pessoas, isso sem contar os blocos pré e pós-Carnaval. Ainda de acordo com números da gestão Covas, a festa resultou em um ingresso de R$ 2 bilhões aos setores de comércio e de serviços na capital.
Covas já havia se reunido com dirigentes das escolas de samba e com coordenadores dos principais blocos de rua da cidade nesta semana, quando a possibilidade de adiar a festa havia sido apresentada. A avaliação é que é praticamente impossível adotar protocolos de segurança para os foliões, o que não deixou outra alternativa senão postergar o evento até ser possível realizá-lo sem correr o risco de provocar nova onda de infecções.
Quarentena estendida até 10 de agosto
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou mais um período de quarentena no Estado, em razão da pandemia no novo coronavírus. Apesar da reabertura gradual da economia que vem sendo feita dentro do Plano São Paulo, o novo período, que é o oitavo desde que a pandemia levou as pessoas ao isolamento social, vai de 27 de julho ao dia 10 de agosto.
Na coletiva em que anunciou o novo período de quarentena em São Paulo, Doria voltou a reiterar a necessidade das pessoas usarem máscaras e tomarem os cuidados necessários de distanciamento social.