Entre os oito presos no dia 14 de agosto em Porto Seguro, durante a "Operação Derrocada", deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco Sul), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Gaeco do Espírito Santo, por envolvimento em um esquema de comercialização ilícita de licenças ambientais facilitadas pelo pagamento de propinas para a construção de empreendimentos imobiliários, quatro foram encaminhados para o presídio de Teixeira de Freitas, onde estão presos aguardando decisão da justiça.
Breno de Jesus Amorim, Igor Carvalho Nunes e Marcelo Vaz Castelan são os investigados que estão custodiados no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), aguardando decisão judicial. Os três foram presos na Operação Derrocada, do MP/BA, que também resultou na prisão de Reginaldo Bonatto, Elias Ferrete, Márcio Gil de Andrade Nascimento e Thiago Biazatti. Todos, segundo o Ministério Público, têm envolvimento na comercialização de licenças ambientais em Porto Seguro.
De acordo com as investigações do Gaeco Sul, o grupo criminoso atua há anos de dentro da Prefeitura de Porto Seguro, com alguns de seus integrantes utilizando suas funções de servidores públicos para solicitar ou receber, direta ou indiretamente, vantagens indevidas, ou aceitar promessas de vantagens, o que revela um quadro recorrente de corrupção pública. Além disso, há situações de extorsão e pagamento de propinas por empresários para a concessão das licenças ambientais.
Além das prisões, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e endereços comerciais de 12 indivíduos suspeitos de envolvimento no esquema. As autoridades não divulgaram os nomes dos presos nem detalhes adicionais sobre o funcionamento da organização criminosa, mas destacaram que as investigações continuam e que novos desdobramentos podem ocorrer nos próximos dias.
A "Operação Derrocada" é mais um esforço conjunto das forças de segurança e do Ministério Público para combater a corrupção e o crime organizado na região sul da Bahia, que vem sendo alvo de intensas investigações. Segundo o Ministério Público, o esquema desarticulado envolvia a concessão de licenças ambientais fraudulentas em troca de pagamentos ilegais, permitindo que empreendimentos imobiliários fossem erguidos em áreas protegidas ou sem a devida regulamentação.