Homem se apresentou na delegacia Foto: Divulgação/Polícia Civil
RIO — O quarto suspeito de praticar o estupro coletivo contra uma menina de 13 anos em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, se entregou na tarde desta quinta-feira. De acordo com a Polícia Civil, ele foi identificado como Marcelo Mendes Moreira, de 31 anos. Os agentes acrescentaram que ele, acompanhado de seu advogado, se apresentou de forma espontânea na distrital de Itaguaí, a 50ª DP.
Contra Marcelo já havia um mandado de prisão temporária de 30 dias. O crime contra a adolescente aconteceu durante o carnaval deste ano, na comunidade do Carvão. Ela alegou aos agentes que teria sido abusada sexualmente por cerca de 11 homens.
Mais cedo, outros dois suspeitos do estupro coletivo foram presos. Eles foram identificados como Higor Teixeira da Silva, de 22 anos, e Nielson Correa Miguel, de 28 anos, que é conhecido como Sheik, gerente do tráfico no local, segundo a polícia. Os dois foram encontrados durante uma ação conjunta das policias Civil e Militar, no bairro Jardim Weda, em Itaguaí.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, após o cumprimento do mandado contra Marcelo, "os quatro identificados na investigação foram presos". O órgão acrescenta que as apurações continuam para "identificação de outros autores".
De acordo com a 50ª DP (Itaguaí), o primeiro suspeito a ser preso foi Jorge Luis da S. Peres, de 19 anos. Ele foi localizado em Santa Cruz, na Zona Oeste da capital, nesta terça-feira.
Em depoimento, a vítima explicou ter ido ao baile funk com as amigas porque queria saber como era. Mas no local, ficou embriagada e relatou ter levado uma gravata antes de ser obrigada a ir para o local do estupro.
— Ela contou que um homem deu uma gravata nela e que Sheik queria falar com ela — afirmou o delegado Marcos Santana.
Como o crime foi filmado, a Polícia Civil também vai investigar o compartilhamento desse conteúdo, segundo o delegado.
— O vídeo circulou pela cidade e chegou até a família, que veio até a delegacia prestar queixa — afirmou o delegado. — A vítima informa que havia muitos homens dentro do banheiro e disse que seriam mais ou menos onze. O vídeo mostra cinco. Ela conta que não conseguiu visualizar armas nem no baile, nem no banheiro. E também não sabe precisar por quanto tempo foi abusada.
A Polícia Civil informou que a vítima estava num baile funk e foi obrigada, "por alguns traficantes", a ingerir bebidas alcoólicas e a se despir. Em seguida, foi levada para o local onde foi abusada sexualmente.