Itabuna (BA) – Uma denúncia chocante publicada em um grupo de WhatsApp nesta quarta-feira, 16 de abril, vem gerando revolta e preocupação entre os moradores do bairro Ferradas. Uma moradora da região afirma ter recebido da Prefeitura de Itabuna um peixe completamente infestado de vermes, distribuído como parte da ação de entrega de alimentos para a Semana Santa.
Segundo o relato, ao abrir o peixe para limpar, a mulher percebeu que a carne havia sido consumida por parasitas, restando apenas o couro e o espinhaço. Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o momento em que os vermes são retirados do interior do peixe. Uma segunda mulher, presente no vídeo, afirma que este já seria o segundo peixe contaminado identificado entre os distribuídos, e alerta: “isso pode causar um grande mal para quem comer”.
Até o momento, a Prefeitura de Itabuna não se pronunciou oficialmente sobre o caso, o que aumenta a inquietação da população local, especialmente em comunidades mais vulneráveis, que dependem desses alimentos para garantir suas refeições.
O consumo de alimentos contaminados por vermes ou outros parasitas pode causar sérias complicações de saúde, incluindo intoxicações alimentares, infecções intestinais, e até doenças crônicas. A ingestão de peixes com larvas ou ovos de parasitas, por exemplo, pode levar à anisaquíase, uma condição que provoca dor abdominal intensa, náuseas, vômitos e pode exigir intervenção médica.
Além do nojo e da indignação, o caso expõe a necessidade de maior rigor no controle de qualidade dos alimentos distribuídos por órgãos públicos. A responsabilidade pela segurança alimentar não pode ser negligenciada, principalmente em períodos como a Semana Santa, quando a demanda aumenta e o risco de distribuição de produtos mal armazenados ou vencidos se torna maior.
Fique atento
Sempre verifique o estado do alimento antes de consumi-lo.
Desconfie de cheiro forte, textura esponjosa ou presença de larvas.
Denuncie casos suspeitos à Vigilância Sanitária local.
Alimentos doados por programas sociais devem seguir as mesmas normas de controle de qualidade dos comercializados.
Enquanto aguardam respostas das autoridades, os moradores de Ferradas e outros bairros de Itabuna ficam com a incerteza: quem está cuidando da qualidade do que colocamos no prato?
