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Pais acusados de agredir filho de 09 meses tem prisão preventiva pedida pelo juiz do Prado

Juiz decreta prisão preventiva dos pais de bebê agredido antes de morrer

Por Neuza em 08/12/2016 às 15:36


Jorge Mendes carneiro Junior de 41 anos e sua esposa Erisângela Santos Silva de 38 anos, tiveram o pedido de prisão preventiva pedida pelo juiz do Padro, Dr. Leonardo Coelho na noite desta quarta feira (07). O casal está preso por suspeita de agredir o filho de apenas 09 meses, Pedro silva Carneiro, que deu entrada na Upa do Prado já sem vida depois de supostamente ter caído do carro quando a família estava voltando da Praia da paixão.

O casal estava detido provisoriamente na carceragem da 8ª Coorpin em Teixeira de Freitas e a prisão temporária venceria nesta sexta feira (09). Com o pedido de prisão preventiva, o casal deverá ser transferido para o Conjunto Penal de onde deverá aguardar a decisão da justiça.

Jorge e Erisângela são suspeitos de ter agredido o filho de apenas nove meses que morreu devido ás lesões na cabeça. No dia 29 de novembro, um mês depois da morte do pequeno Pedro, a perícia comprovou que a criança morreu devido aos traumas sofridos e que são incompatíveis com queda.


Em entrevista coletiva no dia 02 de dezembro na sede da 8ª Coorpin em Teixeira de Freitas, o delgado Júlio Telles titular da delegacia do Prado e responsável pelo inquérito que apura a morte do pequeno Pedro Silva Carneiro, de apenas 09 meses, ocorrida na noite do dia 29 de outubro dentro do carro dos pais, quando retornava da Praia da Paixão, disse que após exaustivas investigações e de perícia, exumação e reconstituição do caso, ficou provado que a criança foi agredida pelos pais antes de morrer.

Os pais do bebê que estão presos sob medida temporária, falaram que estavam voltando da praia da Paixão para a cidade do Prado quando o pequeno Pedro se soltou da cadeirinha, abriu a porta do carro e caiu. Pedro foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Prado aonde já chegou morto.

A princípio a versão do casal começou a levanta suspeitas, pois a criança não apresentava vestígios de ter caído, não tinha arranhões e nem e tinha vestígios de areia no copo. Assim que tomou conhecimento do caso, o delegado Julio Telles começou as investigações, ouviu os pais do bebê e apreendeu o carro para ser periciado.

O delegado explicou que desde a primeira versão os pais entraram em contradição, e os depoimentos não batiam um com o outro. No dia 22 de novembro o copo do pequeno Pedro foi exumado a pedido do delegado e ficou comprovado que a criança sofreu duas agressões, uma segundo o delegado, quando ele estava na cadeirinha no banco de trás que lhe quebrou a mandíbula e os dentinhos que estavam nascendo.

Cadeirinha onde o bebê estaria

Dr. Júlio acredita que após sofrer a primeira agressão, a mãe pode ter pegado o filho no colo, pois na cadeira do carona tinha secreção do nariz e do estômago condizente com a altura da criança, confirmou a perícia. O delegado também acredita que foi no colo da mãe que Pedro recebeu a segunda agressão que fraturou os ossos, temporal, occipital e parietal, o que pode ter levado o garoto á morte.

Segundo Dr. Júlio, a perícia concluiu que as lesões na cabeça do garoto são incompatíveis com uma queda. O delegado também falou que várias testemunhas foram ouvidas e elas relataram que a criança foi colocada na cadeirinha pelos pais quando saíram da praia.

Outa contradição desmentida por testemunhas foi quanto a ingestão de bebidas alcóolicas, o pai de Pedro em depoimento falou que não havia bebido, o dono de uma cabana na praia disse que o acusado havia tomado oito cervejas e outro amigo confirmou que eles beberam mais algumas garrafas na casa dele.

O delgado não conteve ás lagrimas ao falar da morte do pequeno Pedro “Quando vi as lesões na cabeça e na boca dele, foi ele me dizendo. Fui agredido, é isso que marca. A mãe dele pediu cinicamente tantas vezes durante o interrogatório que Deus tirasse a venda dos meus olhos, e Deus tirou, á medida que os trabalhos periciais mostravam que ele foi uma vítima dessa mãe e desse pai” falou emocionado Dr. Júlio Telles.

Os pais de Pedro estão detidos na carceragem da 8ª Coorpin em Teixeira de Freitas a disposição da justiça e serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado de incapaz e se forem condenados a pena poderá chegar a trinta anos de prisão. O inquérito, segundo o delegado, será entregue a justiça na próxima semana. Um teste com o reagente químico Luminol comprovou que havia sangue no carro e na cadeirinha onde o bebê estava.

Fonte: Neuza Brizola/Portaldoextremosul

Tags:   Prado prisão pais de Pedro
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