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Padre prometia “recuperar virgindade” para abusar das fiéis

Prisão de padre

Por Neuza em 17/08/2017 às 15:59
Mais três jovens afirmam terem sido abusadas por padre que prometia 'recuperar a virgindade', diz MP

O Padre Iran Rodrigo Souza de Oliveira, de 45 anos,  da cidade de Caiapônia, no sudeste de Goiás, foi preso preventivamente na quarta feira, 16 de agosto, suspeito de abusar de jovens e adolescentes com a promessa de “recuperar a virgindade” das vítimas

Após o anuncio da prisão, três outras jovens procuraram o Ministério Público para denunciar o caso, segundo o órgão. O Ministério Público suspeita que os crimes eram cometidos desde 2005 e podem ter envolvidos criança de 11 anos e até uma  mulher de 50.

Segundo o G1, a prisão do padre se deu depois que duas vítimas, uma de 14 e outra de 21 anos, relataram os abusos sofridos em 2014. O padre foi levado para Anicius e durante o seu depoimento ele preferiu ficar em silêncio.

 “Essas duas vítimas são de Americano do Brasil. Mas nos foi informado que em 2005, em Anicus, ele teria vendido a mesma promessa de purificação a uma mulher de 50 anos e, há dois ou três meses, em Caiapônia, ele teria agido da mesma forma, trocando mensagens com uma criança de 11 anos”, disse o promotor Danni Sales Silvas.

Segundo o Ministério Público, as novas vítimas, relataram  que foram abordadas da mesma forma pelo padre. “Quando as vítimas o procuravam achando que tinham cometido algum pecado de cunho sexual, ele falava dessa benção, tocando o corpo das mulheres, inclusive nas genitálias. Ele ainda falava que era necessário enviar fotos nuas, de frente, de costas e com as pernas abertas, para haver uma manutenção da santificação”, relatou.

De acordo com as investigações, os abusos aconteciam dentro da casa paroquial e duravam de 1h a 1h30. As vítimas relataram ainda ao Ministério Público que se sentem culpadas por terem deixado ser abusadas pelo padre. Procurados pela reportagem do G1, a Diocese de São Luis de Montes Belos, da qual o religioso faz parte, ninguém quis comentar o fato.

“Uma delas chorou do início ao fim do depoimento, perguntando se ela era culpada por aquilo. Ela chegou até a pesquisar na internet se aquele tipo de benção, tocando as partes íntimas, existia dentro da Igreja Católica”, contou o promotor.

 O padre segue preso. O Ministério Público ainda está ouvindo as vítimas e espera que, com a divulgação do caso, novas vítimas procurem o órgão. Dependendo da idade das vítimas, o suspeito pode responder por estupro, violação sexual mediante fraude e obter ou guardar mensagens pornográficas envolvendo crianças

Fonte: Neuza Brizola

Tags:   Goiás prisão padre
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