Dentre as várias denúncias que recebemos de moradores da cidade de Mucuri contra os desmandos do prefeito Paulinho de Tixa, esta chamou nossa atenção devido ao abandono da "Passarela Ecológica” que liga o porto a praia da Ponta.

Pescadores e moradores que precisam usar a passarela correm riscos a todo instante ao tentar passar por cima de madeira podre (as que ainda estão no lugar) e buracos enormes em cima da passarela. Para atravessar a ponte, é precisa se aventurar por cima de pedaços de eucaliptos colocados pelos pescadores.

O pescador Igor falou que a ponte esta toda destruída, as tábuas estão caindo, isso prejudica os pescadores que na maioria das vezes precisam repor as tábuas. Igor relatou que eles vão á prefeitura e eles dizem que não tem como consertar "procuramos os vereadores, mais eles só querem comer o dinheiro e não fazem nada pra beneficiar a gente, é arriscado. Temos que passar lá as 11 2 muitas vezes 12 horas, quando a gente vem da pesca, e a gente precisa, porque moramos na ilha. As crianças precisam passar pra ir á escola e a ponte está toda detonada, toda estragada, ela está para cair e o prefeito não faz nada. Somos nós que estamos colocando uma tabuazinha aqui outra ali pra poder passar” desabafou Igor.

Todo mundo usa a ponte que dá acesso á ilha, moradores, pescadores e também os turistas, só que todos passam arriscando cair e quebrar as pernas, porque as tábuas que ainda existe estão podres. "essa passarela é de muita serventia pra nós e para o turismo, eu tenho 20 anos nessa ilha, meus filhos foram todos criados aqui, e todos nós dependemos daquela passarela, e hoje, ela tá do jeito que tá, a gente pede na prefeitura pra eles tomarem um providencia e toda semana eles falam que vem fazer e ate agora nada, só vem olha, mede e nada”. Roraldo Rosa Costa, 59 anos, nascido e criado em Mucuri, e mora há 20 na ilha.

 Floresta preservada no final da passarela que dá acesso  a praia da Ponta.

Na ilha mora uma família que depende da passarela, as crianças arriscam suas vidas, pois precisam ir á escola e a passarela é o único meio de chegar á cidade. Adélia Oliveira de Deus, 56 anos, mora na ilha há 21 anos e depende da passarela para ir á cidade "todos nós já caímos da passarela, eu quebrei a perna e minha filha estava com oito meses de gestação e também caiu, o prefeito fala que vai consertar na segunda feira, mais toda semana tem segunda feira, eu não acredito que ele vai fazer, ele só promete mais não cumpre” desabafou dona Adélia.

Rosânia Oliveira, filha de dona Adélia, grávida de oito meses, estava indo fazer o pré natal quando caiu nos buracos deixados pela madeira podre "foi Deus que não deixou acontecer nada de mais grave, eu podia ter perdido o meu bebê, disse Rosânia. A passarela foi interditada pela administração, mais os moradores reclamam que até então o prefeito não demostrou boa vontade e nem disse quando vai fazer a obra, que se tornou, segundo os próprios moradores em "Armadilha pra pegar o capeta”.