Nos últimos dias, moradores de Cumuruxatiba e Prado, no litoral sul da Bahia, compartilharam nas redes sociais registros do aparecimento de caravelas-portuguesas (Physalia physalis) nas praias da região. Até o momento, não há relatos de incidentes envolvendo queimaduras causadas por contato com o animal.
A caravela-portuguesa chama atenção pela sua aparência singular, com coloração translúcida e tons azulados, e pelos tentáculos que podem atingir até 30 metros de comprimento. Apesar de sua beleza, trata-se de um animal extremamente perigoso. Em contato com a pele, libera uma toxina que provoca queimaduras intensas, dor e, em casos mais graves, reações alérgicas severas, como choque anafilático.
Biólogos alertam que o risco persiste mesmo após a morte do animal. “A caravela-portuguesa mantém a capacidade de liberar toxinas mesmo fora da água, por isso é essencial evitar tocá-la ou se aproximar, seja na água ou na areia”, explicou um especialista em vida marinha.
A presença desse animal marinho pode estar relacionada a alterações nas correntes oceânicas ou ao aumento da temperatura das águas, fenômenos comuns em certas épocas do ano. Autoridades locais recomendam que banhistas redobrem a atenção e evitem qualquer contato direto com esses organismos.
Em caso de contato com os tentáculos da caravela-portuguesa, especialistas orientam lavar a área afetada com água salgada, jamais usar água doce, e buscar atendimento médico imediato.
A aparição das caravelas-portuguesas serve como um lembrete da riqueza e complexidade da fauna marinha da região, mas também exige atenção redobrada para evitar acidentes.