Foto: Reprodução/EPTV
Um incidente chocante veio à tona em Rio Verde, Goiás, onde um menino de 12 anos foi supostamente vítima de agressões por parte de sua mãe e madrasta. De acordo com informações fornecidas pelo Conselho Tutelar e reportadas pelo Jornal Anhanguera 1ª Edição, um telejornal afiliado à Rede Globo na região, o jovem relatou ter sido agredido após pegar moedas com o intuito de comprar doces. A alegada agressão teria envolvido o uso de um pedaço de madeira e resultou em queimaduras em sua mão.
A denúncia do incidente foi recebida pelo Conselho Tutelar através de um relato anônimo. Em resposta, o órgão levou o adolescente para receber atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O relato da conselheira tutelar Lucélia Arse Silva revela que o menino sofreu agressões tanto físicas quanto através de queimaduras. "A mãe pegou um pedaço de ripa de madeira da cama e o agrediu", disse Silva, acrescentando que a queimadura na mão do jovem foi infligida com uma colher previamente aquecida no fogão. O depoimento do adolescente também indicou que sua madrasta teria auxiliado nas agressões, segurando-o enquanto sua mãe o agredia. A avaliação médica detectou que ele sofreu queimaduras de primeiro grau na mão direita e queimaduras de segundo grau na mão esquerda.
O adolescente explicou aos membros do Conselho Tutelar que teria pego moedas pertencentes à sua mãe para adquirir doces, o que teria desencadeado as agressões. A Polícia Civil está atualmente investigando o caso, e o jovem passou por exame de corpo de delito como parte do processo.
O delegado Maurício Santana, encarregado da investigação, indicou que tanto a mãe quanto a madrasta poderão responder por lesão corporal, com base na natureza das lesões infligidas. "Nós estamos aguardando a conclusão do laudo de corpo de delito para poder verificar se é uma lesão leve ou grave", explicou Santana. "Agora estamos na fase de oitivas. Estamos ouvindo a conselheira tutelar, vamos providenciar o depoimento especial da criança e, posteriormente, a oitiva da genitora e da sua companheira para poder fechar a investigação", acrescentou.
Após o incidente, o Conselho Tutelar tomou medidas para proteger o bem-estar do menino, levando-o a um abrigo em Rio Verde. O desfecho do caso ficará a cargo do sistema judicial, conforme explicou a conselheira tutelar Lucélia: "Agora o juiz define o que acontece. O pai dele será comunicado, mas o juizado determinará o destino desta criança".