Os cenários, gargalos e perspectivas da infraestrutura hídrica da Bahia foram apresentados no Fórum Mundial da Água, em Brasília, nesta semana. As políticas públicas de segurança hídrica, a revitalização das bacias hidrográficas e os modelos sustentáveis de saneamento básico também estiveram na pauta do secretário Cássio Peixoto, titular da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs).
Peixoto discutiu ainda as estratégias do Governo da Bahia para reduzir os riscos associados a eventos críticos, além da promoção do desenvolvimento regional. “Antes de mais nada, temos que lembrar de um princípio fundamental: a água é um direito humano. E, junto com o saneamento, é um vetor de redução da pobreza e uma alavanca de desenvolvimento sustentável do planeta”, avaliou.
O secretário informou também os números do Programa Água Para Todos (PAT), que completou 10 anos de criação, sob a coordenação executiva da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento (Cerb). Ao longo desse período, 6.274 poços foram perfurados, 4.804 sistemas simplificados de abastecimento de água implantados, 1,2 milhão de novas ligações de água feitas, outras 730 mil ligações de esgoto executadas pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e mais de 27 mil módulos sanitários domiciliares implantados.
Ao lado do secretário, participaram do painel Ângelo José de Negreiros Guerra, do Departamento Nacional Contra a Seca de Água (DNOCS); Eduardo Orteu Berrocal, da China Gezhouba Group Company; e Mariana Prado Franceschi de Andrade, da Direção Geral de Água (Ministério da Agricultura e Pescas, Alimentação e Assuntos Ambientais).
Barragens e planos
Outro painel contemplou as principais ações da Sihs para água e saneamento, entre elas as barragens do Rio Colônia, Baraúna, Catolé e Rio da Caixa, além das adutoras do Algodão, Santaluz/Queimadas, Gaviãozinho, Espantagalo, Pedras Altas/Ponto Novo e Zabumbão. Peixoto abordou também os planos estruturantes, como o de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador (PARMS) e Vetor Ipitanga, ambos concluídos, o de Segurança Hídrica, Municipais de Saneamento Básico (PMSB) e Esgotamento Sanitário.
“Precisamos avançar ainda mais, modernizar nossa legislação, implantar indicadores de programas, ampliar o diálogo e a mobilização para uma maior participação social nas ações. Tudo isso com o propósito maior de oferecer água de qualidade e em quantidade adequada para toda sociedade”, finalizou o secretário.