A Itaipu Binacional terá, em 2018, uma grande vitrine para expor as ações de responsabilidade socioambiental da empresa relacionadas aos cuidados com a água. O Fórum Mundial da Água, que acontece em março, em Brasília, deve reunir cerca de 40 mil pessoas, de 150 países, para debater o tema da gestão da água no mundo. Como evento preparatório, o Fórum Cidadão da Região Sul foi aberto na noite de quarta-feira (27) em uma solenidade na usina de Itaipu. O objetivo do Fórum Cidadão, que continua nesta quinta-feira (28), é coletar as contribuições da sociedade, que serão levadas ao evento de Brasília.
O Fórum Cidadão é organizado pela Itaipu Binacional e pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (Rebob), com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA). A programação nesta quinta-feira abrange temas da gestão participativa e social da água, o compartilhamento de iniciativas e tecnologias locais, que podem ser replicadas em outras regiões, entre outras. Participam mais de 200 pessoas de organismos governamentais e não governamentais do Brasil, Paraguai e Argentina. Além de Foz do Iguaçu, o Fórum já ocorreu em Fortaleza (CE), e será realizado, ainda neste ano, em Cuiabá (MT), São José do Rio Preto (SP) e Palmas (TO).
De acordo com o diretor presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, entre as experiências que serão debatidas no Fórum Cidadão, o maior destaque é o Programa Cultivando Água Boa (CAB), da Itaipu, o qual ele acompanha desde 2011. “Nós tentamos convencer as empresas do setor elétrico a aplicarem a metodologia do CAB e, agora, o Fórum Mundial será uma oportunidade de levar esta metodologia para o mundo”, afirma. “O CAB é uma das 10 experiências premiadas pela ONU, como tecnologia social relevante para o planeta e terá presença marcante no Fórum.”
“O Fórum Mundial é um evento em que múltiplas visões ligadas à água são apresentadas. Itaipu tem o Programa Cultivando Água para mostrar nossas ações”, explica o diretor de Coordenação da Itaipu, Helio Amaral. Segundo ele, o CAB já tem participação em países da América Central e deve ser intensificado. “Vamos incluir as águas subterrâneas de nossa região no foco de atuação. E estamos prontos para levar a metodologia para outros reservatórios que tenham a preocupação de cuidar da qualidade da água”.
Fórum Mundial
O 8º Fórum Mundial da Água, o primeiro realizado no Hemisfério Sul, tem um enfoque não só para o Brasil, mas para toda América Latina, defendeu o governador do Conselho Mundial da Água – entidade organizadora do Fórum – Lupércio Ziroldo Antonio, que também preside a Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas. “A América Latina tem um quarto de toda a água doce do mundo, por isso, trazer o Fórum para o Brasil significa trazer para a América Latina”, afirma.
Em sua organização, o Fórum Mundial da Água é organizado em processos Temático (clima, pessoas, desenvolvimento, urbano, ecossistema e finanças), Regional (seis regiões do mundo) e Político. Em Brasília, o evento ganha um inédito Grupo Focal de Sustentabilidade. O Fórum Cidadão, que acontece nesta quinta-feira (28) em Foz do Iguaçu, é uma ação transversal a esses processos, com a intenção de garantir a participação de ações com envolvimento social. Ele está sendo realizado em todas as regiões do País.
“O Fórum Cidadão envolve a sociedade e permite que a palavra do cidadão seja escutada. Não se faz gestão da água sem que as pessoas sejam ouvidas”, resume Lupércio. Para ele, os eventos – tanto o local quanto o mundial – são a oportunidade de fincar a bandeira da água nos processos políticos e decisórios do mundo todo.
Fotos: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional