É inadmissível que em pleno século XXI com o mundo conectado e tecnologia de ponta facilitando a vida do ser humano, uma prefeitura como a de Mucuri, administrado por um médico e com uma das maiores arrecadações de impostos da região, ainda queira fazer um concurso com inscrições feitas como nos tempos do descobrimento do Brasil.

O alto nível de desemprego, principalmente nas cidades do interior onde o maior empregador é a prefeitura, levaram centenas de pessoas a sair de suas casas ainda de madrugada para tentar se inscrever no processo seletivo do município que começou nesta quarta-feira (29) e termina na sexta-feira (30).

As inscrições,  ao contrário de outras administrações públicas que lançam seus editais on-line, a prefeitura de Mucuri preferiu o método arcaico de fazer as inscrições em uma sala da prefeitura  que fica localizada na Rua Ponta de Areia, na sede do  município.

Com currículo e documentos nas mãos, os candidatos começaram a chegar de todos os lugares. Dos distritos vieram ônibus lotados, todos com o objetivo de conseguir fazer a inscrição para o tão sonhado emprego que tem duração de 01 ano..

O problema que a fila foi crescendo e se tornado gigantesca, bem como as confusões. Debaixo de um sol forte, os candidatos tiveram que suportar horas debaixo do sol inclemente até que os atendentes se organizassem ou que a energia elétrica voltasse.

A desorganização foi total no primeiro dia de inscrição. Em meio a um barulho infernal, atendentes e candidatos tentavam se fazerem ouvir. Grávidas chorado, gritos, revolta, reclamação e até cadastro de inscrições que desapareceram completaram a bagunça que se generalizou na sala de reuniões onde as inscrições aconteciam.

Marcado por diversas denúncias, o governo Carlos Simões enfrenta vários processos na justiça por má administração do dinheiro público, tendo enfrentado inclusive uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores. Por tudo isso, algumas pessoas acreditam que esse processo seletivo seja mais um embuste eleitoreiro com a finalidade de continuar enganando as pessoas na tentativa de tentar se reeleger para mais um mandato a frente da administração do município.

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