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O ex-vereador de Salvador e atual presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Santana Carballal, foi condenado a três anos e nove meses de prisão em regime aberto por envolvimento na prática de "rachadinha". A decisão foi proferida pela juíza Virgínia Silveira Wanderley dos Santos Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador. Além da pena privativa de liberdade, ele também foi sentenciado a pagar 18 dias-multa, com cada unidade estipulada em cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos.
De acordo com as investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), entre 2009 e 2010, Carballal exigiu que seus assessores parlamentares repassassem total ou parcialmente seus salários, caracterizando o esquema ilegal conhecido como "rachadinha". Ainda segundo a apuração, o então vereador nomeou assessores que não exerciam suas funções, com o intuito de se apropriar dos vencimentos pagos a esses funcionários.
O chefe de gabinete de Carballal na época, Alex Emanoel da Silva, também foi condenado pela participação no esquema. Ele recebeu uma pena de três anos, um mês e 15 dias de prisão, além de 16 dias-multa, por ser apontado como responsável pela arrecadação e repasse dos valores desviados.
Durante o julgamento, a defesa de Carballal solicitou a anulação das acusações, alegando ausência de provas concretas, porém, o pedido foi negado pela Justiça. Ainda há possibilidade de recurso contra a decisão, e ambos os réus poderão solicitar a substituição da pena privativa de liberdade por alternativas penais.
Henrique Carballal, que é professor de História formado pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), iniciou sua trajetória política como vereador em 2008 e foi reeleito nas eleições seguintes, em 2012, 2016 e 2020. Em 2023, ele se licenciou do cargo para assumir a presidência da CBPM.