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Ano novo, vida nova. Após sete temporadas, o meia Everton Ribeiro não chegou a um acordo pela renovação de contrato e não é mais jogador do Flamengo. Anunciado em junho de 2017 por 6 milhões de euros (R$ 22 milhões), o meia era o último remanescente da era Eduardo Bandeira de Mello e encerra seu ciclo após 394 jogos e 11 títulos. Nesse ínterim, conquistou três Cariocas, dois Brasileiros, duas Libertadores, duas Supercopas do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e uma Copa do Brasil.
Ao lado de Diego, que foi contratado no meio de 2016 e se aposentou no ano passado, Everton Ribeiro foi a principal estrela do clube até o pacote anunciado em janeiro de 2019, com Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta. O ídolo marcou 46 gols (média de 0,11 por partida) e distribuiu 61 assistências (0,15 por jogo) ao longo de sua trajetória pelo Rio de Janeiro.
Apesar de todas as credenciais, a idade mais avançada - agora ele tem 34 anos - pesou diante do estrelado elenco rubro-negro, e Ribeiro perdeu a titularidade em 2023, quando passou a ser uma espécie de "reserva de luxo".
Sem acordo por renovação com o clube carioca, o meia de 34 anos aceitou a proposta de dois anos para atuar no Bahia. Ele vai reencontrar o técnico Rogério Ceni, que comandou o jogador entre 2020 e 2021.
CARREIRA DE RESPEITO
O Flamengo foi o time onde Everton mais atuou e ganhou títulos, mas a carreira já era vitoriosa muito antes. A começar pelo pelo Al-Ahli, dos Emirados Árabes Unidos, onde estava antes de se transferir para o Flamengo. No Oriente Médio, o meia disputou 106 jogos, marcou 26 gols e deu 15 assistências, com 51 participações. Também levantou quatro troféus e saiu como ídolo do clube.
Mas foi no Cruzeiro de Marcelo Oliveira que ele se destacou no cenário nacional. Ribeiro defendeu a Raposa em apenas duas temporadas, 2013 e 2014, mas ambas foram inesquecíveis. Além de bicampeão brasileiro de forma consecutiva, o meia ainda foi eleito o craque da competição nas duas oportunidades.
Como ganhou outros dois Brasileirões pelo Flamengo em 2019 e 2020, ninguém conquistou mais títulos do torneio do que ele na década passada, com quatro. Por esses números, vale uma opinião editorial: Éverton Ribeiro foi o melhor jogador do futebol brasileiro na década de 2010.