Flávio no aniversário da avó

Uma tragédia na manhã desta quinta feira (27), vitimou um estudante de apenas 15 anos, na cidade de Itanhém –BA.

Flávio Ramon Costa Jardim era um adolescente, cheio de sonhos e planos, brincalhão, amigo e acima de tudo estudioso. Cursava o 9º período no Colégio São Bernardo e tinha planos de ir neste final de ano aos Estados Unidos onde o pai mora.

 Flávio já tinha alcançado todas as notas do semestre e só estava frequentando o colégio para completar as horas aulas, até esta manha quando perdeu a vida eletrocutado na  frente de todos os amigos e professores.

Flávio jogava bola com os amigos na quadra da escola quando a bola caiu em cima de uma laje e ficou presa na rede de proteção, o estudante subiu na laje para resgatar a bola, quando foi descer acabou tocando em um fio desencapado, ao receber a descarga elétrica, Flávio segurou na tela de proteção e ficou seguro.

Um amigo de Flávio ainda sem acreditar que tinha perdido o amigo contou que todos na escola viram estupefatos (era hora do intervalo), o estudante sendo eletrocutado “a princípio pensávamos que ele estava brincando até que vimos fumaça saindo” disse o garoto.

No meio do tumulto alguém desligou a luz, nesse momento o professor de educação física e outros colegas subiram na laje e resgataram o adolescente. Socorrido para o hospital Flávio não resistiu e veio a óbito.

Estivemos no Colégio e o que vimos chamou a atenção pelo descaso. No colégio, segundo o vigilante, estudam quase mil alunos nos três turnos. Caixa de força aberta, fios desencapados, gambiarras na quadra de esportes e na entrada do portão uma fiação exposta, no banheiro, interruptor sem capa,  colocando a vida de estudantes e trabalhadores em perigo.

A família de Flávio está inconformada, o pai mora nos estados Unidos e o adolescente era seu único filho. A avó, os tios e primos também não se conformam com a tragédia que se abateu sobre a família “Flávio era um bom menino, estudioso, amigo, cheio de vida, ia sempre para a fazenda comigo, era como um irmão para meu filho que quando soube da morte do primo passou mal e eu tive que leva-lo ao hospital para ser medicado” disse o Sr Cleudio, irmão do pai de Flávio.

A família sabe que a vida de Flávio não pode ser restituída, mais eles pedem que justiça seja feita para que outras crianças não venham a ser vítimas do descaso que permeiam as escolas públicas  tira a vida e destroi sonhos de estudantes e famílias.