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Em assembleia realizada nesta quarta-feira (20) pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Campinas, a categoria aprovou estado de greve em todo o país devido ao entrave nas negociações para a renovação da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) da aviação regular para 2015/2016.
Desta forma, pilotos e comissários de voo se juntam aos aeroviários (trabalhadores de terra), que também já haviam deliberado pelo estado de greve.
Nesta quarta, os aeronautas rejeitaram a última proposta das empresas aéreas, que oferecia 0% de reajuste salarial, com abonos a serem pagos nos meses de junho (1%), julho (2%), agosto (3%), setembro (4%), outubro (5%) e novembro (9%).
Também foi decidida a manutenção da pauta de reivindicações definida no último dia 7, quando a categoria aprovou como contraproposta a redução da pedida de reajuste salarial de 15% para 12%, como forma de sinalizar boa vontade nas negociações sem abrir mão de um mínimo de reposição frente à inflação.
"Qualquer índice abaixo da inflação significaria um prejuízo irreparável para a categoria, que na prática teria perda salarial. Os aeronautas entendem as dificuldades do momento, porém não podem assumir os riscos do negócio, que são das empresas”, afirma o presidente do SNA, comandante Adriano Castanho.
Cabe ressaltar que a data-base de pilotos e comissários é 1º de dezembro e que a primeira pauta de reivindicações foi entregue às empresas em setembro de 2015, mas, desde então, o sindicato patronal não fez nenhuma proposta que saísse do 0% de reajuste nos salários —nem mesmo a correção pelo INPC foi cogitada.
Uma audiência no TST (Tribunal Superior do Trabalho) está marcada para sexta-feira (22), quando o SNA espera receber uma nova proposta, com a mediação do ministro Ives Gandra Martins Filho. Esta proposta deverá ser levada a deliberação em assembleia na próxima segunda-feira (25), quando também poderá ser decidida uma paralisação nacional dos aeronautas.