
Uma mulher está vendendo rifa de uma cesta de chocolate para custear exames de um filho especial na cidade de Itanhém. Cada bilhete custa R$ 5.
Talita Matos é mãe de um menino de 6 anos, que é imperativo e tem paralisia cerebral. O garoto não fala, não anda e graças a uma cadeira emprestada pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), a mãe consegue se deslocar com ele com menor dificuldade.
“Eu so to fazendo isso pq na secretaria eles falaram q n libera”, disse Talita, nas redes sociais. “Tinha 3 anos q tava la o encaminhamento pro oftalmologista e ai ele jogaram pra aquele mutirão q teve e não serviu pro meu filho, pq ele é especial e imperativo. Ai tem q ser um oftalmologista pediatra”, explicou.
Encaminhar o filho de Talita para os multirões promovidos pelo governo do estado é a demonstração inequívoca de que a secretaria da Saúde de Itanhém não estava acompanhando o problema desta criança.
No oftalmologista o garoto precisa fazer uma refração – que identifica a acuidade visual e o grau dos óculos – sob cicloplagia, que é paralisia da pupila do globo ocular. E, noutro especialista, o menino precisa fazer um exame conhecido como BERA, que serve para verificar a capacidade auditiva e a integridade das vias que conduzem o som.
“A gente q tem filhos especiais ou ate mesmo precisamos da secretária quando chegamos la atrás dos nossos direitos ele falam vcs são muito apressado n sabe espera não.?”, lamentou Talita, também nas redes sociais.
O filho de Talita já fez uma cirurgia em Vitória e, alegando evitar gastos com transporte, Talita foi orientada a se mudar para a capital do Espírito Santo.
“Meu filho precisava de uma cirurgia nós eu ganhei la em Vitória,cirurgia e ate a órtese e eles reclamavam q estavam gastando muito com transportes,pq eu n morava logo em Vitória”, finalizou.