Foto ilustrativa - IA
O Ceará registrou seu primeiro caso de gripe aviária do tipo H5N1 em aves domésticas. A ocorrência foi identificada em uma pequena criação de subsistência, ou seja, para consumo próprio, no município de Quixeramobim, no sertão central do estado.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) informou, por meio de nota, que a propriedade foi imediatamente isolada. As aves foram sacrificadas na manhã desta sexta-feira (18), seguindo o protocolo de saneamento previsto pelo Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Ações de Controle e Monitoramento
Embora a confirmação tenha sido divulgada neste sábado (19), a ocorrência de H5N1 foi confirmada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuário (LFDA), em Campinas (SP), após analisar amostras enviadas em 8 de julho. A Adagri está agora investigando propriedades em um raio de 10 quilômetros do foco para verificar possíveis vínculos com outras criações.
A agência reforça que o consumo de carne de aves e ovos é seguro, pois a doença não é transmitida por meio da ingestão desses produtos. Não há restrição quanto ao consumo.
Panorama da Gripe Aviária no Brasil
Desde 2023, o Brasil vem registrando focos de gripe aviária em diferentes tipos de criações. Até o momento, foram detectados 181 casos de influenza aviária em todo o país:
172 casos em aves silvestres
8 casos em aves de subsistência
1 caso em aves comerciais
Todos esses focos foram controlados. O único caso em granja comercial ocorreu em Montenegro (RS) em maio. Após a desinfecção do local e 28 dias sem novos registros em criações comerciais, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou o Brasil livre da gripe aviária em 18 de junho, o que permitiu a retomada das exportações de frango.
Recentemente, em junho, o país registrou focos domésticos de H5N1 em Goiás e no Mato Grosso do Sul. Houve também um foco de gripe aviária em aves silvestres no zoológico de Brasília.
A vigilância e as ações rápidas das autoridades de saúde animal são cruciais para conter a propagação da doença e proteger a avicultura brasileira.