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Cassado há mais de um mês, Eduardo Cunha ainda ocupava apartamento funcional em Brasília

Política

Por Neuza em 19/10/2016 às 14:11

Cassado em 13 de setembro, Eduardo Cunha tinha até a última quinta-feira (13) para devolver o apartamento funcional que ocupava na Asa Sul, em Brasília. Mas, de acordo com a 4ª secretaria da Casa, que administra os funcionais, Cunha não havia devolvido as chaves do imóvel. 

Cunha foi preso preventivamente no início da tarde desta quarta-feira (19) perto do apartamento funcional.

O deputado cassado, chegou, inclusive a ser notificado por escrito que as chaves precisavam ser entregues diretamente na 4ª secretaria, já que circulava a informação de que ele tinha a intenção de passar as chaves diretamente ao deputado que iria ocupar o imóvel após a sua saída. 

O uso do apartamento funcional a Eduardo Cunha foi concedido em ato da Mesa Diretora da Câmara em 21 de julho, após, portanto, a renúncia à presidência da Câmara e antes da cassação. 


Cunha ficou na casa da Presidência até 28 de julho, quando mudou-se para o apartamento funcional

Cunha renunciou à presidência da Câmara no dia 7 de julho e, desde então, perdeu o direito de usar a residência oficial e regalias como avião da Força Aérea Brasileira e segurança pessoal, direitos dos parlamentares que ocupam a presidência da Câmara e do Senado. Antes do fim do prazo para desocupar a casa da presidência, que seria em 7 de agosto, Cunha entrou em contato com a Diretoria Geral da Câmara e solicitou o apartamento funcional.

O ato da Mesa substituiu outro, editado em 13 maio, que viabilizou a permanência de Cunha na residência oficial, enquanto estivesse afastado do mandato e da presidência da Câmara por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). À época, esse ato foi inspirado nas regras que o Senado fixou para a presidenta Dilma Rousseff, depois de ser afastada em razão do processo de impeachment.

A casa da presidência da Câmara é uma mansão na área mais valorizada de Brasília, a península dos ministros, no Lago Sul. Às margens do Lago Paranoá, a quadra é considerada muito segura por ter um único acesso, monitorado.

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Tags:   política Lava Jato Eduardo Cunha
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