Um grupo de caminhoneiros tem convocado, por meio de mensagens no WhatsApp, uma greve geral para o dia 1º de fevereiro. Na quarta-feira, 13, entidades representativas do setor chegaram a confirmar em assembleia uma resolução sobre a paralisação.
De acordo com informações de Exame, a categoria tem entre suas principais reivindicações o cumprimento do preço mínimo do frete. Na greve de 2018, os caminhoneiros e o governo Michel Temer acordaram um preço mínimo para o frete, mas empresas de alguns setores entraram com recurso. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não julgou a ação.
Os caminhoneiros reivindicam também a revisão da política nacional do preço de combustíveis, devido ao impacto dos sucessivos aumentos do preço do diesel na margem de lucro. Em 2020, foram 17 altas de preço do combustível.
Entidades como o Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNRTC) e a Associação Nacional do Transporte Autônomo do Brasil (ANTB) pedem mudança na política de preços, regida pelo PPI (Preço e Paridade de Importação), criado em 2016, e considera as cotações internacionais do petróleo, em dólar, e os custos dos importadores.
Os caminhoneiros criticam também o programa BR do Mar, marco legal de incentivo à navegação por cabotagem, aprovado em dezembro na Câmara dos Deputados. A categoria teme perder demanda de frete rodoviário com a medida. O projeto ainda será apreciado pelo Senado.
Ainda segundo a Exame, a CNTRC afirmou que uma reunião com o Ministério da Infraestrutura está programada para o próximo dia 26. A pasta, no entanto, disse que não há nada marcado, nem mesmo recebeu comunidade das associações sobre a pauta de reivindicações.