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Benefícios da alimentação no desempenho de atividdes físicas

Nutricionista dá dicas do que comer antes e depois dos exercícios

Por Neuza em 17/02/2017 às 08:06

Comemorado no dia 19 fevereiro, o Dia do Esportista foi criado a partir da Lei nº 8.672, conhecida como "Lei Zico". A data tem como objetivo incentivar, conscientizar e homenagear a pratica do esporte como meio para o desenvolvimento de uma vida mais saudável. 

No Brasil, este incentivo se mostra cada vez mais necessário, já que, segundo um estudo publicado em 2016 na revista científica Lancet, um quinto da população brasileira adulta, ou quase 30 milhões de pessoas, é obesa, e o sedentarismo contribui em muito para que esse número aumente. “A falta de exercícios regulares, rotinas estressantes e alimentação inadequada contribuem cada vez mais para o aumento de pessoas com problemas de saúde e excesso de peso”, comenta Cyntia Maureen, nutricionista.

A nutricionista ressalta que a prática de exercícios deve sempre ser feita com o acompanhamento de um profissional adequado e depois de uma avaliação médica. Muitas pessoas usam a desculpa da falta de tempo, dinheiro ou espaço para não seguir uma rotina de exercícios, mas com um pouco de dedicação é possível realizar essa prática. Uma caminhada no quarteirão, subir as escadas do prédio ou descer do ônibus, táxi ou uber um pouco antes do destino já ajuda. O importante é não ficar parado”, explica Maureen.

Tão importante quanto se exercitar é se alimentar de maneira correta. “Alguns alimentos são fundamentais para quem realiza atividades, pois contribuem com determinadas funções, como dar energia durante o treino e recuperar a musculatura depois”, afirma a nutricionista.  

Antes do treino

O glicogênio muscular é a principal fonte de carboidrato utilizada para a produção de energia durante a atividade física. Segundo a nutricionista, é fundamental manter o estoque de glicogênio muscular durante o exercício, pois, na sua ausência, há limitação da utilização de glicose como substrato energético, o que faz com que ocorra a utilização da massa magra, como combustível de energia. “Os carboidratos de baixo e médio índice glicêmico, como pães integrais, cereais e frutas, como maçã e laranja, liberam a glicose lentamente durante o exercício, poupando o glicogênio e evitando a fadiga muscular. A ingestão desses alimentos é muito importante, uma vez que seu consumo adequado é fundamental para preservar a massa magra”, completa. 

Após a atividade física

Logo após treinar, ou seja, destruir as fibras do músculo, ele precisa de nutrientes para construção muscular e é aqui que as proteínas entram. “No momento do pós-treino, é indicado combinar a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico e de proteínas de rápida digestão para que haja a reconstrução muscular e a reposição dos estoques de glicogênio”, explica.

Outros alimentos importantes para quem pratica esportes são os ricos em vitamina C como morango, laranja, acerola e couve, pois atuam no sistema imunológico e auxiliam na redução de gordura, além de serem poderosos antioxidantes. “Com o consumo balanceado destes alimentos e a prática correta de atividades, a pessoa estará protegida contra doenças e se sentirá mais saudável e disposta, garantindo o equilíbrio ideal entre corpo e mente”, completa a especialista.

Excessos apenas prejudicam

Com a correria durante a semana, algumas pessoas acabam deixando para praticar atividades somente no final de semana, e muitas vezes tentam compensar o tempo perdido praticando esportes e exercícios de alto impacto. Nestes mesmos dias, com a alimentação, acontece justamente o contrário e tende-se a sair da dieta. “As duas práticas não são recomendadas desta forma, pois exagerar no esporte para ‘compensar’ a semana pode contribuir em lesões indesejadas, assim como se segurar na semana e comer de tudo no final de semana como doces ou alimentos gordurosos, apenas desfaz os avanços conquistados. O melhor é o equilíbrio entre as duas rotinas”, sugere.

A adoração com padrões de corpo fora da realidade é outro fator que colabora para extremismos desnecessários. Muitas pessoas passam mal no treino por irem mal alimentadas ou exageraram nos exercícios, comprometendo-se por meses. “É importante lembrar que cada pessoa possui um perfil e um organismo diferente e é ele que determinará o que é importante para a saúde do indivíduo. Não é recomendado passar mais tempo do que o indicado na academia e é bom se alimentar pelo menos uma hora antes do treino”, finaliza a nutricionista.

Fonte: Caroline Tondato

Tags:   Benefícios alimentação treino
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