Foto: aratuonline / A delegada Claudenice Mayo, titular da DAI, ouviu o depoimento da jovem

Célio Marques, 41 anos foi morto com requintes de crueldade por uma mentira inventada nada mais nada menos que pela sua própria filha. A adolescente K. F. N. de 14 anos, inventou para traficantes da região de Brotas (Salvador) que seu pai havia lhe estuprado. Por conta da mentira, Célio foi morto a facadas, machadadas e pauladas em via pública no Engenho Velho de Brotas.

O crime bárbaro ocorreu no último dia 9 deste mês e foi registrado na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), em Brotas.

Após o irmão da adolescente e uma tia registrarem uma queixa dizendo que a adolescente havia caluniado o pai, a policia chegou até a jovem. K.F.N. que foi localizada um dia depois do crime e “confessou de forma muito fria o crime”, contou Claudenice Mayo, titular da DAI.

Ainda de acordo com Mayo, a adolescente justificou calmamente a sua atitude, dizendo que o pai “não dava liberdade para ela, não a deixava sair, nem namorar”. O pai da adolescente chegou a ser encaminhado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Testemunhas disseram que K.F.N. acompanhou tudo a distancia e que se divertiu com o crime. “Depois de assistir a barbárie contra o pai, ela deixou o local como se nada tivesse acontecido”. A jovem ficou apreendida na sede da DAI, em Brotas, até a manhã de ontem, quando foi encaminhada para o Ministério Público. Caberá ao órgão adotar as medidas socioeducativas que julgar necessárias.