Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal
A Bahia ocupa a quarta posição entre os estados brasileiros com mais casos de mpox, doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o estado já contabiliza 40 pacientes diagnosticados com a doença, sendo 70% destes moradores de Salvador, a quarta capital do país com maior número de registros (28 casos).
A mpox é uma doença viral causada pelo vírus homônimo, transmitido por animais silvestres, como roedores, ou por contato com materiais contaminados. A transmissão entre humanos ocorre principalmente pelo contato direto com lesões na pele de pessoas infectadas. De acordo com especialistas, a doença tem um período de incubação de 3 a 16 dias, podendo chegar a 21 dias, e os sintomas incluem erupções cutâneas que, normalmente, se iniciam pelo rosto e se espalham para o restante do corpo. Essas erupções surgem geralmente entre um e três dias após o início da febre.
Até a primeira semana de setembro de 2024, o Brasil registrou 1.015 casos confirmados ou prováveis de mpox, superando os 853 casos notificados ao longo de todo o ano passado. Apesar do aumento no número de casos, não foram registrados óbitos pela doença neste ano.
A maior parte dos casos está concentrada na região Sudeste, que acumula 821 registros, o equivalente a 80,9% do total de infecções no país. Os estados mais afetados são São Paulo, com 533 casos (52,5%), Rio de Janeiro, com 224 (22,1%), e Minas Gerais, com 56 casos (5,5%). A Bahia aparece logo em seguida, com seus 40 casos (3,9%).
São Paulo lidera a lista de municípios com o maior número de casos confirmados, com 370 ocorrências, seguido por Rio de Janeiro (167), Belo Horizonte (43), Salvador (28) e Brasília (23). O boletim mais recente também aponta que, entre os 426 casos suspeitos atualmente em investigação no Brasil, 169 estão no estado de São Paulo, o que corresponde a 39,7% do total.
O perfil epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde revela que a maioria dos pacientes com mpox no Brasil são homens (94,2%), na faixa etária entre 18 e 39 anos (70,7%). Apenas um caso foi registrado entre crianças com menos de quatro anos, e, até o momento, não há relatos de infecções em gestantes no país.
A doença, que voltou a ser um foco de atenção mundial, tem sido monitorada de perto pelas autoridades de saúde, que reforçam a importância de medidas preventivas, como evitar o contato direto com pessoas infectadas e procurar atendimento médico ao menor sinal de sintomas.
