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Adab atua para evitar doenças transmitidas por aves migratórias

Por Neuza em 16/10/2015 às 13:25
 Fotos: divulgação.
 
Trabalhando para manter a Bahia com o status de livre da Influenza Aviaria e da Doença de Newcastle em criatórios industriais, e o nível de excelência no controle de zoonoses, a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), através de sua Agência de Defesa Agropecuária (Adab), está realizando o monitoramento sorológico para essas doenças nos criatórios de aves domésticas de fundo de quintal e no entorno dos principais sítios de pousos migratórios no Estado. É que começou o período de migração de aves da America do Norte para o Brasil, o que representa perigo diante da possibilidade de entrada de aves doentes também na Bahia.

O diretor de Defesa Animal da Adab, Rui Leal, revela que a presença de espécies de aves migratórias no litoral da Bahia em locais como Mangue Seco, no município de Jandaíra, em Cacha Pregos, na ilha de Vera Cruz, em Barra de Serinhaém, município de Ituberá, e em Corumbau, município de Prado, confirma a existência de uma grande rota costeira intercontinental. Rui Leal afirma que "as aves migratórias são consideradas reservatório do vírus da influenza aviária e da doença de Newcastle, podendo propagar essas enfermidades para aves domésticas a exemplo de galinha, ganso e pato.”

"A prevenção é a melhor arma", afirma o secretário estadual da Agricultura, Paulo Câmera, lembrando que o status de livre dessas doenças, conferido pelo Ministério da Agricultura (Mapa), atende as exigências da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), com sede em Paris para exportação de carne avícola. As normas elaboradas pela OIE, referências mundial para sanidade animal e zoonoses, são reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).  

Casos de gripe aviária foram detectados no Canadá, Estados Unidos da América e no México, trazendo grande prejuízo a cadeia produtiva e principalmente ao produtor, desde ano passado até agora mais de 55 milhões de aves foram afetadas.

De acordo com o coordenador do Programa de Sanidade Avícola, Itamar Garrido "o monitoramento dos sítios de pousos é realizado anualmente, identificando as residências com criatórios de aves de subsistência, situadas num raio de 10 km ao redor do sítio de pouso". Ele explica que "fazemos o cadastramento georreferenciado desses criatórios e os médicos veterinários coletam sangue, material da cloaca e da traquéia das aves domésticas com probabilidade de contato com aves migratórias. Todo material é submetido a exames de laboratório”.
O diretor geral da Adab, Oziel Oliveira, ressalta que "as atividades voltadas para educação sanitária com criadores, nas escolas e associações de criadores são fundamentais como forma de prevenção e contenção na propagação das doenças, caso aconteçam". Esse trabalho de conscientização é feito também com os pescadores, orientados a não tocar em aves que apareçam mortas nos rios ou lagos. "Essa ação do governo tem grande importância para a cadeia produtiva da avicultura, geradora de grandes benefícios sócio-econômicos.
 
O surto de uma destas doenças representaria prejuízos incalculáveis à economia regional e nacional", alerta Oziel Oliveira.
Ele lembra ainda que a execução dos procedimentos de vigilância epidemiológica nos sítios de pouso de aves migratórias, incluindo atividades educativas, são medidas imprescindíveis, sempre atualizadas pela Seagri/Adab na medida em que ocorram mudanças no cenário epidemiológico internacional ou nacional.”

Fonte: Neuza Brizola/ Ascom

Tags:   Bahia
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