O clima começa a esquentar na região da Aldeia Cumuruxatiba, em Prado.
Por causa da publicação do estudo no DOU, o clima de tensão, que já vinha crescente na região desde 2008, quando se intensificaram as ações de retomadas (ocupações de fazendas) por parte de índios, acabou ficando pior.
Incêndio criminoso
No início do mês passado, uma cabana de artesanato indígena foi incendiada por seis homens ainda não identificados. Segundo o MPF, o prejuízo estimado foi de cerca de R$ 20.000.
"Acredita-se que o ataque foi motivado pela insatisfação dos proprietários de terra locais com o resultado dos estudos da Funai. Esses fatos já estão sendo investigados”, informou o MPF.
No dia 07 de setembro deste ano, lideranças indígenas do povo Pataxó da terá indígena Comexatibá, situada no distrito de Cumuruxatiba, foram emboscados por homens armados que dispararam várias vezes contra um veículo ocupado pelo cacique da comunidade e outros três índios que seguia pela estrada que dá acesso a aldeia do Cahy.
O grupo voltava de uma reunião na aldeia Mukujê quando por volta de 19h30 foram ouviram tiros sendo disparados das margens da estrada em direção ao veículo em que viajavam. Segundo os índios, ao menos dois indivíduos foram avistados enquanto disparavam contra o carro.
Foto: Prado Noticias
Na noite desta quarta-feira (23),por volta de 19:00 horas, um veículo á serviço da Secretaria Estadual de Educação que faz o transporte escolar indígena, foi emboscado e incendiado.
Segundo informações, acerca de 04 quilômetros da Aldeia Cahy, homens armados interditaram a estrada com galhos de árvores, o que obrigou o motorista a parar o veículo. Homens armados saíram do mato empunhando armas de fogo, atiraram várias vezes contra a Kombi, depois atearam fogo. O veículo com a lataria perfurada por balas foi consumida pelo fogo.
Foto: Prado Noticias
A kombi pertence à uma empresa de transporte escolar, com sede na cidade de Itamaraju, e fazia o serviço de transporte escolar de índios. No momento do crime, além do motorista, estavam três alunos.
O caso foi registrado na delegacia de polícia civil do Prado que está apurando o caso.
