Foto: Associação de Amigos de Carlo Acutis
Na manhã deste domingo (7), o Vaticano viveu um momento histórico com a canonização de Carlo Acutis, jovem italiano apelidado de “padroeiro da internet”. A cerimônia, presidida pelo papa Leão XIV, foi realizada às 5h (horário de Brasília) na Praça de São Pedro, em Roma, e marcou o primeiro rito de canonização conduzido pelo pontífice eleito em maio, após a morte de Francisco.
Carlo Acutis nasceu em Londres, em 1991, mas foi criado em Milão, na Itália. Desde cedo, destacou-se pela fé e pelo talento no uso da tecnologia. Criou um site para catalogar milagres e utilizava a internet como meio de evangelização, o que lhe rendeu o título de “influenciador de Deus”.
O jovem faleceu em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. O processo de canonização começou após o reconhecimento de dois milagres atribuídos à sua intercessão: em 2010, em Campo Grande (MS), uma criança com doença congênita foi curada após tocar uma relíquia de Acutis; e, mais recentemente, a recuperação de uma estudante da Costa Rica que sofreu uma grave lesão cerebral após um acidente.
A beatificação de Carlo ocorreu em outubro de 2020, em Assis, onde seus restos mortais estão expostos no Santuário do Despojamento. O Vaticano informou, à época, que o corpo foi “recomposto”, sem detalhar o processo.
Além de Carlo Acutis, também foi canonizado neste domingo o italiano Pier Giorgio Frassati, que faleceu em 1925, aos 24 anos, vítima de poliomielite. Ele ficou conhecido pelo trabalho de assistência aos pobres e necessitados.
O Vaticano já iniciou as homenagens ao novo santo da era digital: uma grande imagem de Acutis foi colocada na fachada da Basílica de São Pedro e um selo comemorativo será lançado em sua memória. Para a Igreja Católica, Carlo é um símbolo da fé vivida em tempos modernos, capaz de unir devoção e tecnologia.