Há cerca de trinta dias, a totalidade dos prefeitos da Bahia, abraçaram de forma cega a candidatura da presidenta Dilma Rousseff, que foi eleita com a expressiva margem de 70% dos votos. Ganhou em 412 dos 417 municípios da Bahia, perdeu em apenas 5.
Passados 30 dias da sua vitória da presidenta, os prefeitos baianos, os mesmos que fizeram campanha para a presidenta, se revoltam contra o Governo Federal, cobrando os repasses que a cada dia caem nas contas dos municípios pela metade, obrigando os gestores, a sacrificarem grande parte dos empregos dos servidores municipais.
A choradeira é enorme, grande parte dos prefeitos entra em desespero, e lamenta que está vivendo uma das piores crises financeiras da história.
Como consolo, a Presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu na tarde de quinta-feira (15), no Palácio do Planalto, uma comissão de prefeitos das cinco regiões do país e dirigentes da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Recebendo dos gestores uma carta com reivindicações que incluem o aumento de 2% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e atualização da lei do Imposto sobre Serviços (ISS), ela disse ser favorável à revisão da lei do ISS para incluir novas atividades na base do tributo municipal. Hoje, a presidenta não tem forças para dinamizar nada mais, envolta em um mar de lama, e de denúncias Dilma, se retrai e vê o Brasil cada dia que passa inserido nas páginas da imprensa internacional de forma vergonhosa.
Na Costa do Descobrimento, o prefeito de Eunápolis, Neto Guerrieri, a exemplo das demais prefeituras brasileiras que vivem um final de ano difícil, realizará uma parada administrativa do expediente externo. Para tratar dos últimos detalhes e garantir que a população não seja prejudicada, o prefeito reuniu todo o secretariado de seu governo na tarde desta segunda-feira, 24/11, em seu Gabinete, no bairro Centauro.
Para iniciar, o prefeito relatou o momento complicado da economia e a atual situação das finanças da Prefeitura de Eunápolis. "Estamos em um período muito difícil, e por isso sou forçado a tomar medidas que vão além do meu coração”, disse Neto.
No município de Guaratinga, local de maior votação proporcional à Dilma na região, a Prefeitura anda mendigando, falta medicamentos simples para pressão arterial e diabetes.
Em Belmonte, município com a segunda maior votação proporcional à Dilma na região, a prefeita Alice Maria, lamenta, mas terá de dispensar grande número de servidores, e diz que seu município entrou em crise financeira. Esse é quadro amargo das prefeituras da região que votarem maçiçamente na reeleição da presidenta Dilma. Algo está errado nesse processo democrático e amargo para sociedade.