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Três farinheiras sustentáveis serão inauguradas em Alcobaça nesta sexta-feira (9)

Agricultores familiares terão sua produção baseada em novo conceito de beneficiamento da mandioca, após treinamento no Centro de Referência em Mandiocultura.

Por Neuza em 07/11/2018 às 13:29

A Cooperativa dos Agricultores do Vale do Itaitinga (Cavi), localizada em Pouso Alegre, Alcobaça (BA), e inaugurada pela Fibria há cinco anos, vem trabalhando para ampliar seus horizontes na prestação de serviços. Há seis meses a entidade se transformou em Centro de Referência em Mandiocultura e vem orientando agricultores familiares da região a implantar o conceito de Farinheira Sustentável em seus negócios. Como resultado desse trabalho, serão inauguradas nesta sexta-feira (9) as três primeiras farinheiras que adotaram essa nova perspectiva no território do extremo sul da Bahia.

Duas delas, as farinheiras “Donguinha e Luana” e “Mãe e Filhos” já existiam e reformularam toda a sua estrutura. Já a farinheira "Marajó" foi construída já no novo conceito, que trabalha os pilares ambiental, econômico e social. Segundo o consultor de sustentabilidade da Fibria, Narcisio Loss, o projeto do Centro de Referência surgiu em virtude da dificuldade enfrentada pelos agricultores da região, que estão reféns dos atravessadores, e do anseio para poder comercializar sua produção empacotada. Além disso, veio da necessidade de regularização ambiental e sanitária da agroindústria.

Narcisio informa que o projeto do Centro está sendo desenvolvido com formação teórico-prática de dois dias. “A capacitação inclui padronização da produção de farinha e possibilidade de empacotamento junto aos seus cooperados e agricultores proprietários de casas de farinha, após obter os alvarás de funcionamento, sanitário e ambiental. Além desta ação, o Centro de Referência tem atuado em frentes de pesquisa, ensino e extensão buscando disseminar conhecimento sobre a cadeia produtiva da mandioca no âmbito do Plano de Ação Territorial da Mandiocultura (PAT).

Dentre os pilares trabalhados pelo centro, o pilar ambiental busca transformar a manipueira (líquido amarelado que sai da mandioca), que possui alto poder de contaminação, em um aliado da produção agropecuária utilizando seus aproveitamentos múltiplos. No pilar econômico, a ideia é aproveitar a mandioca de forma integral (raiz e parte aérea). Já no pilar social, a intenção é ajudar os agricultores familiares a agregarem mais renda à sua produção, com base em novos produtos e subprodutos atualmente desprezados.

O conceito de Farinheira Sustentável foi elaborado pela Cavi, com assistência técnica da Fibria (por meio do PDRT); com apoio de pesquisa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e importantes colaborações da Vigilância Sanitária de Alcobaça e consultores que apoiam a Fibria nos seus projetos.

A farinheira comunitária de Alcobaça é uma das ações do Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT), desenvolvido pela Fibria com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar. No Extremo Sul da Bahia, o programa atende 1.071 famílias de 34 Associações e uma Cooperativa. Elas recebem orientação sobre produção, comercialização e gestão do negócio. Essa orientação é viabilizada pela Fibria e contribui para fortalecer cada vez mais os resultados da agricultura familiar. Entre as atividades desenvolvidas está o cultivo e beneficiamento de mandioca, cultivo de milho, feijão, urucum e outros produtos, além da criação de pequenos animais.

Fonte: Bahiaextremosul

Tags:   Farinheiras sustentáveis Alcobaça Fibria
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