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Suspeito de matar funcionária do MEC confessou assassinato de outra mulher no DF, diz polícia

Segunda vítima seria Genir Pereira de Sousa, que desapareceu em junho. Corpo foi encontrado entre Planaltina e Paranoá.

Por Neuza em 27/08/2019 às 11:05

Após três dias de buscas, Letícia Sousa Curado, de 26 anos, foi encontrada morta ontem dentro de uma manilha às margens da DF 250, no Km 20, em Planaltina.

A jovem advogada é A 17ª vítima de feminicídio neste ano no Distrito Federal. O corpo foi encontrado por volta das 15h após Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, ter confessado o crime e indicado o local onde o corpo foi desovado.

Na delegacia, o homem confessou também a autoria de outro assassinato: Genir Pereira de Sousa, 47 anos, encontrada morta também em um matagal, no dia 12 de junho, entre Planaltina e Paranoá.

De acordo com o delegado-titular da 31ª DP, Fabrício Augusto Borges, no início da noite de ontem outras três mulheres, supostas vítimas do cozinheiro, procuraram a polícia para reconhecer o agressor. A corporação já o trata como um assassino em série.

Por volta das 7h40min da manhã de sexta-feira, Letícia esperava, em uma parada de ônibus de Arapoangas, Planaltina, o transporte público que a levaria ao trabalho. Precisava sair o quanto antes para o serviço no Ministério da Educação (MEC), na Esplanada dos Ministérios.

No anseio de ir logo para o Plano Piloto, estava disposta a conseguir um transporte pirata como alternativa para o ônibus. Na posse de apenas R$ 5,00 que pegara emprestado com o marido, Kaio Fonseca, 25 anos, os minutos corriam depressa.

Uma chance então apareceu, personificada na figura de Marinésio, cozinheiro recém-contratado em um restaurante na Asa Norte. Em um carro prata, modelo Chevrolet Blazer, o homem já havia visto a servidora na parada e fez o retorno logo à frente a fim de oferecer carona para a mulher, que também fazia o curso de pós-graduação na Escola Superior do Ministério Público.

Em frente à parada em Arapoangas, Planaltina, os dois trocaram palavras por cerca de 15 ou 20 segundos. A oferta de transporte era tudo que Letícia precisava ouvir. Voltou à parada para pegar um fichário de organização e entrou no carro. Não deu mais notícias a partir de então. Duas horas depois, o cozinheiro se encontrava numa chácara da irmã, no Vale do Amanhecer.

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Letícia foi estrangulada após rejeitar investidas durante a carona dada pelo assassino.

O sequestrador e assassino confesso foi encontrado pelos policiais na tarde de sábado, após ser identificado por câmeras de segurança, e levado preso, preventivamente, à 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) na madrugada de domingo.

Fonte: Larissa Galli, Olavo David Neto e Vítor Mendonça

Tags:   Feminicídio DF Mortes em série
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