O secretário de administração da prefeitura de Ibirapuã, Marcelo Silva, é acusado por Maurizia da Silva Pinto, mãe de uma adolescente de 14 anos de assédio praticado contra sua filha quando a mesma tinha apenas 13 anos, através de mensagens e abordagens no meio da rua.
Em conversa com nossa reportagem a adolescente falou que quando tinha apenas 13 anos começou a receber mensagens no seu celular de Marcelo Silva, dizendo que a amava, que o carro que havia acabado de comprar era deles, que ficava olhando quando ela passava na rua e outras coisas mais. Incomodada com o assédio a menor procurou o conselho tutelar da cidade e denunciou o secretário.
Perguntamos porque a mesma não falou com seus pais, ela explicou que sua mãe estava passando por problemas no casamento, e, ela não quis levar mais um problema para a mãe. A menor contou que na época a conselheira chamou o acusado e conversou com ele e o mesmo alegou que o telefone era funcional e que o irmão dele era quem passava a mensagens, a partir da reunião no Conselho Tutelar as menagens cessaram. A menor nos contou que ele parava o carro ao lado dela na rua para cantá-la, e que ela afirma tudo que aconteceu na presença de autoridades se preciso for.
A mãe da adolescente que também é funcionária pública disse que só soube do que estava acontecendo há pouco tempo, isso porque o nome da filha que hoje está com 14 anos, está circulando na cidade como se estivesse grávida de Marcelo, o que as duas desmentem. O telefone da adolescente foi quebrado pelo pai da mesma, e as menagens se perderam. A adolescente foi categórica em afirmar que uma amiga viu todas as mensagens e a conselheira do conselho Tutelas também
Incomodada por ver o nome da filha envolvido em boatos difamatórios, Maurizia esteve na delegacia conversando com o delegado Dr. Gean Nascimento sobre o caso. Segundo o delegado, a mãe da menor esteve na delegacia pedindo que a polícia investigasse os boatos, mais não foi lavrado um Boletim de Ocorrência, mais que o caso vai ser investigado.
O padre Paulino, paróco da cidade nos disse que foi chamado para ir á casa da mãe da menor, pois a mesma estava precisando de conselhos. Chegando á casa de Maurizia, segundo o padre ele a encontrou desesperada e em prantos, ao ser questionada porque estava chorando Marilza contou o que estava acontecendo com a filha.
Veja o que diz o Direito da Criança e do Adolescente sobre estes casos;
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Já a Classificação Internacional de Doenças ( CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), Item F65.4, define a pedofilia como " Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou outro sexo, geralmente pré- púberes”, o que parece ser o caso do acusado.
Quando uma pessoa do sexo masculino ou feminino sente-se atraído sexualmente por uma menina ou menino pré-púbere é considerado doente porque esta ainda não tem o corpo de uma mulher e o menino não tem as características de um homem.
Por um período de ao menos seis meses, a pessoa possui intensa atração sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por pessoas com 13 anos de idade ou menos ou que ainda não tenham entrado napuberdade.
A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o danoemocionalepsicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
Conversamos com várias autoridades e fomos informados que o caso só se configura crime se ficar provado que o acusado teve ou está tendo um relacionamento com qualquer menor, isso sendo provado ele pode ser incluído no rol dos pedófilos. O secretário não foi ouvido, estava viajando.