Com a finalidade de qualificar a assistência em saúde da população LGBT, a Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri em conjunto com o Centro de Testagem e Aconselhamento/Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE) promoveu a capacitação dos profissionais de saúde sobre o “Atendimento da população LGBT+ na Atenção Básica. O evento de qualificação aconteceu em celebração ao Dia do Orgulho Gay.
O Dia Internacional do Orgulho Gay é comemorado anualmente em 28 de junho em todo o mundo. Também conhecido como Dia Internacional do Orgulho LGBTI (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Pessoas Intersexo), ou simplesmente Dia do Orgulho Gay, esta data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual.
O Dia do Orgulho Gay também é um reforço para lembrar a todos os gays, lésbicas, bissexuais e pessoas de outras identidades de gênero, que todos devem se orgulhar de sua sexualidade e não sentir vergonha da sua orientação sexual. O evento aconteceu na Unidade 005 da ESF – Estratégia Saúde da Família do distrito de Itabatã com uma programação iniciada na última sexta-feira (25/06), em celebração ao Dia Internacional do Orgulho Gay, comemorado nesta segunda-feira (28/06).
Conforme o Psicólogo Frederico Goncalves Rodrigues, da CTA/SAE da Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri, que palestrou com o tema “Educação continuada sobre atendimento da população LGBT”, a preparação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde foi visando um acolhimento confortável e consciente de pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis sem discriminação ou preconceito de qualquer espécie. O objetivo é promover um atendimento que seja resolutivo, qualificado e humanizado, que atenda às necessidades específicas dessa população.
Segundo o psicólogo Frederico Goncalves Rodrigues, aspectos relevantes foram levantados, como a importância do uso do Nome Social durante o acolhimento de transexuais e travestis nas unidades básicas de saúde, ou seja, o nome pelo qual as pessoas transgênicas preferem ser chamadas. Foi pontuado a importância da eliminação da LGBTfobia nos serviços de saúde e o fortalecimento de ações que promovam o respeito e a dignidade no atendimento à saúde integral da comunidade LGBT+.
Se esclareceu também que desde 1990 a homossexualidade foi retirada da Classificação Estatística Internacional de Doenças (CID), não sendo mais considerada doença pela Organização Mundial de Saúde e houve a retirada da transexualidade da CID em 2018. Para o secretário Municipal de Saúde de Mucuri, o farmacêutico bioquímico Fernando Jardim, o objetivo geral é promover a saúde integral do público LGBT, eliminando a discriminação e o preconceito institucional para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS enquanto sistema universal, integral e equitativo. Assim, contempla ações voltadas para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, além do incentivar a produção de conhecimentos e o fortalecimento das instâncias de controle social.
