A Fibria vem buscando desenvolver potenciais mercados consumidores para seus resíduos e materiais que não utiliza mais. Recentemente, a empresa firmou parceria com uma indústria capixaba de pisos e revestimentos – a Biancogres – para a venda de lama de cal, que é um resíduo de seu processo de produção de celulose. O material será usado como matéria-prima na fabricação de placas cerâmicas por parte da indústria, localizada no município de Serra (ES).
Com características muito próximas às do calcário, a lama de cal pode ser reaproveitada como agregado reciclado, em substituição a um agregado natural. Além de reaproveitar o subproduto de forma sustentável, a iniciativa contribui para reduzir os custos da Fibria com o gerenciamento de resíduos e gera receita adicional.
A lama de cal é um resíduo do processo de branqueamento do licor verde (ou smelt), que é resultado do cozimento da madeira na fabricação de celulose. É coletada durante as três paradas anuais programadas para manutenção do forno, e soma um volume médio de 30 mil toneladas/ano. Parte desse material já é reaproveitada pela Fibria como corretivo de acidez do solo em seus plantios florestais.
A expectativa da Fibria é de que cerca de 6 mil a 8 mil toneladas desse material sejam comercializadas como matéria-prima para a indústria cerâmica. A indústria de pisos e revestimentos Biancogres, no município de Serra (ES), é o primeiro cliente desse subproduto, que será inserido no ciclo de produção da empresa.
Análises validaram a lama de cal como uma das matérias-primas na fabricação da placa cerâmica monoporosa branca, produto para revestimento de paredes. O reaproveitamento sustentável de resíduos está em linha com uma das metas de longo prazo da Fibria, que até 2025 espera reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos destinados a aterros industriais.