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Proprietário de sítio acusa a Embasa de fazer desapropriação irregular em Ibirapuã

Por Neuza em 31/10/2014 às 12:34

 

 

 

 

 

 

 

O proprietário do Sítio Poliana em Ibirapuã, Jean Wilson Rocha,  acusa a Embasa, Empresa Baiana de Águas e Saneamento S/A, de desapropriar parte de sua propriedade para construção de Lagoa de reaproveitamento de Água e Descarga da ETA, do Sistema de Abastecimento de Água do município, sem estudo de Impacto Ambiental, uma vez que a Embasa pretende usar produtos químicos e despejar diretamente dentro de um córrego que passa dentro da área desapropriada, o que pode causar prejuízos enormes ao meio ambiente e ao córrego.

 

 

 

Neste momento quando os olhos do mundo se voltam para a escassez d’água, bem essencial a sobrevivência do ser humano, chama a atenção que uma empresa de águas como a Embasa venha desapropiar uma área onde passa um córrego, e mais, pretende despejar neste córrego produtos químicos nocivos a vida, causando sérios problemas ao meio ambiente, causando assoreamento, e consequentemente a morte do riacho que corta o sítio.

 

 

 

 

O estado de São Paulo, antes abundante em água está sofrendo com a seca nos reservatórios. Em Ibirapuã a situação não é diferente, vários rios e nascentes foram mortos com o despejo de esgotos e soro in natura nos rios. Chama a atenção da desapropriação pretendida pela Embasa é o fato de sequer ter sido feito um projeto de Impacto Ambiental. Vejamos o que diz a lei sobre o tema;

Os impactos ambientais são desequilíbrios provocados pelo choque da relação do homem com o meio ambiente. Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente por determinada ação ou atividade. Um dos fatores mais preocupantes é o que diz respeito aos recursos hídricos. Problemas como a escassez e o uso indiscriminado da água estão sendo considerados como as questões mais graves do século XXI. É preciso que tomemos partido nesta luta contra os impactos ambientais, e para isso é importante sabermos alguns conceitos relacionados ao assunto.

 

 

 

Na água: essa opção de descarte de dejetos é mais barata e mais cômoda, infelizmente os resíduos são lançados geralmente em recursos hídricos utilizados como fonte de água para abastecimento público.

Resíduos tóxicos: são os mais perigosos e podem provocar a morte. Conforme a concentração são rapidamente identificados por provocar diversas reações maléficas no organismo. Exemplos de geradores desses poluentes: indústrias produtoras de resíduos de cianetos, cromo, chumbo e fenóis.

 

 

 

 

Jean Rocha, proprietário da área a ser desapropriada alega que; 1º- a área descrita no processo de desapropriação não corresponde a metragem exposta no processo; 2°- o preço proposto para pagamento da área a ser desapropriada não faz jus ao preço praticado no município; 3º- não foi feito um estudo de impacto ambiental, uma vez que produtos químicos serão despejados dentro do córrego que corta a propriedade e para finalizar, Jean, acusa a Embasa de invasão de propriedade, porque toda medição da área foi feita sem a presença do proprietário ou de uma pessoa que o representasse.

 

 

 Sítio que a Embsaa quer desapropriar.

 

Segundo Jean, é muito estranho que a Embasa queira utilizar a área para construção da Lagoa de Reaproveitamento de Água e Descarga da ETA, já que trata-se de uma área em declive, diferente do que aduz no processo de um "terreno com topografia plana”.

 

 

 Área de brejo que fica entre as duas áreas pleiteadas pela Embasa

 

Outro agravante no processo de desapropriação, segundo o proprietário, é que com a desapropriação, vai tornar inviável o projeto de loteamento que ele num futuro próximo tem para a área por diversas razões, ou seja, pela poluição química do riacho, pela poluição sonora em razão de motores pesados para bombeamento de água para uma altura de quase 100 metros, e pela movimentação de funcionários no local durante 24 horas por dia.

 

 

 Área de brejo.

 

Por tudo isso o proprietário chama a atenção das autoridades para a questão de colocar em risco a área total do expropriado sob pena de não ser possível a reversão dos danos causados ao meio ambiente.

Fonte: Neuza Brizola

Tags:   Ibirapuã
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