Foto: Reprodução/redes sociais
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) retomaram a paralisação das atividades nesta quarta-feira (11) devido à falta de acordo com o Governo do Estado sobre a proposta de recomposição salarial. O movimento afeta a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), com aulas suspensas durante o dia.
Como parte do protesto, um ato unificado teve início às 6h30 no Campus I da Uneb, no bairro do Cabula, em Salvador. Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), a paralisação se dá em um momento crucial de negociação, já que uma nova reunião entre o Fórum das Associações Docentes (FAD) e a Secretaria Estadual da Educação (SEC) está marcada para as 15h desta quarta-feira.
A mobilização ocorre após quatro ciclos de negociações, iniciados em abril, quando as associações docentes começaram a dialogar com o governo sobre um plano de recomposição salarial. No entanto, o governo só se comprometeu com a mesa de negociações após o indicativo de greve ser aprovado nas assembleias docentes em junho.
Os professores pedem um reajuste escalonado de 5,7% em janeiro de 2025, 5,7% em janeiro de 2026 e 5,7% em dezembro de 2026, totalizando 17,42% ao longo de dois anos, com data-base em janeiro.
O governo da Bahia, por sua vez, afirmou em nota que segue aberto ao diálogo e tem mantido reuniões regulares com as representações das universidades estaduais. De acordo com o governo, houve progressos importantes na valorização dos docentes, como a promoção de mais de 500 professores em 2023, resultando em ganhos médios entre 7,83% e 9,69%. Além disso, os professores receberam um reajuste complementar de 2,53%, além do reajuste linear de 4% retroativo a fevereiro de 2023.
O governo também destacou investimentos contínuos no ensino superior público e a valorização dos técnicos e analistas universitários, que receberam, além do reajuste de 4%, um acréscimo de 2,53%.
O impasse, no entanto, persiste, e o movimento docente já planeja assembleias para o próximo dia 16 de setembro, onde será discutida a possibilidade de deflagração de greve.