A Polícia Rodoviária Federal segue combatendo os crimes relacionados a adulteração, a clonagem, a receptação, o roubo e demais ilícitos de fraudes veiculares. E mais uma ação pontual foi desencadeada na região do Extremo Sul da Bahia.
Com o objetivo de incrementar ações de enfrentamento às fraudes veiculares, a PRF BA realiza, entre os dias 29 e 30, a Operação Kapro com a participação de policiais rodoviários federais lotados na Delegacia de Eunápolis, localizada no Km 720 da BR 101.
Inicialmente, foi promovido o nivelamento técnico com orientações sobre os diferentes elementos de identificação dos veículos, possíveis modos de adulteração e análise documental. Essas orientações foram repassadas pelos PRFs Marcus França que compõe o Grupo de Enfrentamento às Fraudes Veiculares (GEFRAV).
As atividades aconteceram de forma integrada no pátio da 22ª CIRETRAN e a PRF destaca que a integração entre as forças policiais de segurança no enfrentamento a criminalidade já apresenta resultados positivos como a redução dos índices de roubo e furto de veículos.
Durante as ações monitoradas e análise dos elementos de identificação veicular, foram identificados 18 veículos que apresentavam fraude nos seus elementos de identificação.
Resultados:
Dos 18 veículos vistoriados, 03 apresentavam sinais de adulterações no chassi e motor. Já 05 deles foram constatados registro de furto/roubo através de consulta das placas de identificação. Por último, 10 veículos além de apresentarem adulterações em seus caracteres identificatórios, estavam com placas trocadas, para tentar ludibriar fiscalizações da polícia. Contudo, após vistoria minuciosa conseguiu-se identificar a fraude e localizar as ocorrências de furto/roubo dos veículos originais.
Como funciona o crime das fraudes veiculares
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
